Friday, December 29, 2006

happy new year.

"nenhuma máscara é fácil de tirar. são certas pessoas que criam em nós a necessidade de não as ter." escrevi eu.

um ano a acabar deixa-me sempre pensativa. a reflectir no que foi. a criar desejos para o que virá. onde fui. o que fiz. o que senti. ano cheio. ano que deixa as mãos trémulas. gotas a brilhar nos olhos. deixa as mãos frias. gostava que fosses a única recordação mais forte. mas não és. "um homem não chora" disse o meu pai no outro dia e eu sorri. sorri pelas lágrimas que o vi chorar. sorri com aquele nó na garganta a acompanhar-me nos últimos dias.

nó de fim.

acho que sonhei contigo no outro dia. lembro-me de ouvir a tua voz. de ver a tua cara. agora não me lembro dos meus sonhos. apenas sei com quem sonho.

tenho sonhado contigo. contigo meu amor. presença constante dos meus sonhos acordada. príncipe encantado da projecção dos meus desejos. meu amor meu amor. tu que me olhas e vês mais do que deves. sempre mais. que eu não tenho máscara para ti. nada a esconder-te a não ser o meu medo. e até esse tu sabes. aperto-te as mãos para não esquecer o teu toque. olho-te para lembrar cada linha de ti. beijo-te para recordar o teu sabor.

porque podes não ser a única recordação forte que levo deste ano, mas és o melhor sorriso. uma das melhores alegrias. o abraço apertado destruidor de nós.

em 2007 quero-te a ti.


Monday, December 25, 2006

warm christmas

tenho andado a carregar palavras comigo. linhas e linhas. trago-as coladas às palmas das minhas mãos. guardadas para os meus amores. em sorrisos e mimos. trago comigo um brilho de esperança. um sorriso confiante e desconfiado. trago certezas incertas. trago uma caixinha de sentimentos. trago tudo isso e tudo isso em forma de palavras escondidas.


Sunday, December 10, 2006

tenho a certeza que.


e enrolar os meus braços em ti. que fica-se sempre com saudade do segundo que acabou. com vontade do segundo que está para vir. é uma questão de segundos. o segundo que demoramos a trocar um olhar. um sorriso. tudo num segundo que se arrasta até. que vai até onde o deixarmos ir. e enrolo-me em ti. no segundo em que me ajudas a não haver mais nada de mal. onde se acabam as frases repetidas ao meu ouvido. no segundo em que tudo está bem. e enrolo-me em ti. na nossa segurança. certeza de nós. se soubesses como. acredito que somos todo o terreno. e enrolo-me em ti. tu apertas-me. naqueles segundos em que tenho a certeza que.


imagem: kurt halsey

Monday, December 04, 2006

all night.

forgive me if now i wear the face of worry. this time alone could never cause any doubt. but i've been cold too long. such a strange time to find myself coming down as the rain. with all these hole my love to fill up from the middle. this storm could stay all night. so can you stay until we close our eyes? till your dreams hold mine? just stay until we know we tried one more time. cause laughing lovers can overcome their closest demons. and they'll go on and they won't let go. they saw something that they know has never come so close. can it stay here stay here for us, for now? can it stay until we know ourselves? i'm torn as i tell. you're the story that i know and fell from. i'm so far into your story i don't know why. we think we're in control when we lie between the lines. we'll find a line to follow. it's got to show real soon or we'll never reach this high. we climb a little further cause there's nothing we can't get around together. further gets colder until nothing was all that i saw around. so we stay until the ground. that we can't come down from splits us away. maybe stars know why we fall. i just wish they were thinking out loud. oh, i could wish all night.


thousand mile wish. finger eleven

Sunday, December 03, 2006

change.

e se eu passear sozinha no meio daquilo que não sei? para ver se encontro alguma coisa. perdida em tantos nadas sufocantes sufocantes. com adjectivos que fui aprendendo que não têm nada a ver comigo. hoje e ontem e nos outros dias anteriores dou-me o direito de ser fraca. de dizer que isto não basta. que me falta qualquer coisa. que há por aqui um vazio incómodo. contei os mil motivos que tenho para ser feliz. bastam três ou quatro para não o ser completamente. falta-me qualquer coisa. mudar qualquer coisa que já não posso com grande parte dos dias que se seguem iguais. e se eu apenas for? por onde quer que seja. para onde quer que seja. apenas ir. à procura. ver o que se mete no meu caminho. para ver se algo muda. para ver se.


Deixa (...) Até amanhã.



a night like this. the cure


oh well...

e para não me sentir mais sozinha, o meu cobertor faz-me companhia esta noite. a relembrar-me que às vezes preciso de mais. de qualquer coisa nova. às vezes. só às vezes. mas preciso.


Monday, November 27, 2006

"nós só temos a ver com o presente perfeito" (*)

uma vez vieram ter comigo.
à noite.
lua cheia.
levaram-me daqui.
ainda hoje não voltei.
e espero nunca voltar.
se voltar que volte contigo.
de mãos dadas.

(*) Mário Cesariny

Saturday, November 25, 2006

finalmente...

tão novinho e já dá tanto trabalho :) o que nos vale é que quem corre por gosto não cansa :)


books around the corner


ainda nos primeiros passos :)


Friday, November 24, 2006

needs

mãe: se precisares de alguma coisa, diz.

é? consegues fazer alguma coisa? tens por acaso alguma ideia das coisas que preciso? e és capaz de resolver essas necessidades? de mudar umas e manter outras? de soprar dúvidas e plantar certezas e confianças que vão e vêm? és capaz? pois, também achei que não.

resposta: 'tá.


Saturday, November 18, 2006

untitled nº 5

braços cruzados é que não. a senhora do olhar triste e vazio tem que perceber umas certas coisas. justamente aquelas coisas às quais se responde sempre "eu sei" com um aceno de cabeça. pois, se sabe sabe. mas o olhar é triste e vazio. triste de passado e vazio de futuro. que o presente ainda é estranho para a senhora. e quem está nos arredores que arranha as unhas pelas paredes do poço para não se afundar. arrepia-se. e arranha arranha arranha. trepa sem forças e cai sem energia. para voltar a tentar. mas a senhora mantem o seu olhar triste e vazio. quem está nos arredores. impotente. que corta a sua pele com fúria e disto e daquilo. do mundo. da injustiça. ou algo assim parecido. que exibe as suas cicatrizes ao mundo. olhem como eu sofro, grita a pele ensanguentada de dor e mágoa. e puxam o cabelo depois de não haver mais pele para rasgar. usam o cabelo apanhado porque têm vergonha dele. do estado dele. que o mundo o arrancou. olhos presos no chão. para baixo. para o fim da vida. há sempre mais para magoar. capacidade estranha essa. que ninguém faz mais mal do que nós a nós próprios. mas a senhora não corta a pele, não arranca os seus cabelos pequenos e cinzentos. mantem os olhos tristes e vazios presos no chão. na tristeza. recusa-se a ser feliz. porque isso vai parecer mal. não pinta o cabelo porque vai parecer mal. não tem cicatrizes para exibir porque elas são internas. só ela as sente. não as partilha. como quando estamos no autocarro e olhamos alguém triste. há sempre que divague sobre essa tristeza. ou quem se perca a pensar no porquê de alguém sorrir. como que partilhar. mas a senhora do olhar triste e vazio não. não se dá a esse luxo. sofre sozinha. por amor ao próximo. no seu choro abafado pela almofada, nunca pelo casaco colado ao ombro de alguém. dar a parte fraca é que não. e trepar pelo poço para quê? para cair? que ela só via quedas em seu redor. e as crianças eram as mais fortes. essas caem caem caem caem. riem da sua própria queda e levantam-me para aprenderem a segurar-se nas pernas ou a cair melhor. que cair é uma ciência. só quem sabe cair bem é que se levanta com mais facilidade. e a senhora não sabia cair. não tinha tido tempo de aprender. quando caiu bateu logo no fundo. foi preciso tempo para aprender a arranhar paredes. a re-ganhar energias. vindas de onde? pensará ela ainda que é sonho (pesadelo)? a criança um dia vai olhar para ela. ela vai estar a chorar, como nos momentos importantes e marcantes. os olhinhos pequeninos vão ficar presos nas lágrimas-sem-sentido da senhora. porque choras, avó? e talvez ai. só ai. a senhora dos olhos tristes e vazios se aperceba que um dia todos os motivos se desvanecem. e que é melhor descruzar os braços.


Thursday, November 16, 2006

lucky ones

porque no final do dia, era o sorriso dele que ela gostava de recordar. a maneira como ele a olhava. como ele a via. ela lembrava os beijos dele na sua pele. o seu toque. ela sabia as coisas que apenas se sabem. porque quando era chegada a vez dela de sorrir, de o olhar, de o beijar, de o tocar, ela sentia todas essas coisas. ela sorria porque estava feliz. era feliz por tê-lo perto dela. e olhava-o sempre daquela maneira. adorava olhá-lo. adorava ver os vários tons que os olhos dele podiam ter. os vários sorrisos. as várias expressões. quando ele olhava para ela, ela sentia-se observada pela primeira vez. era como se ela ainda a tivesse a descobrir. sentia-se nua. transparente. um dia tiveram ideias a dois. ele e ela. construiram imagens. construiram fantasias. a pele arrepiada por olhos intimidadores e confiantes. como saber a diferença? amor nas pontas dos dedos ou guardadas na boca. porque um dia perceberam que se amavam. e tinham milhentas formas de expressar esse amor. ela achava que eram sortudos. que era assim que devia ser.e tinham ideias a dois. tinham histórias com sorrisos. tinham abraços com beijos, onde se ouviam palavras sussurradas. um dia, ela perguntou-se se os amanhãs seriam sempre hojes. perguntou-se de que matéria iriam eles construir as suas ideias. ela olhava-o. e ele ocupava a mente dela. seguiu-se dois ou três beijos. porque um era sempre pouco. seguiram-se dias e dias. e eles continuavam a ser sortudos. ainda se olhavam. ainda procuravam um pelo outro. na descoberta que não tem fim.


winds of change

estava com uma certa vontade de mudança... =)


espero que gostem.


Monday, November 13, 2006

untitled nº4



é só que (ainda) gosto de ser raptada.


Sunday, November 12, 2006

tenho estado à tua espera

sempre mais um bocadinho, que o muito que temos nunca nos chega. sempre no regresso, que vivo de me apaixonar constantemente. sempre nos primeiros dias, que são todos os dias. ou parece que o são. sempre a conquistar, que sabe sempre bem. sempre a sonhar alto. nas noites frias. sozinha. o frio que me arrefece sem chegar a mim. sem me afectar. que me passa ao lado. arrefece-me o corpo. que o resto tu não deixas. que nos separem o corpo. que o que sentimos não é separável. apesar de todos os -áveis que podemos juntar. não é separável. não é. não é. que temos cordas fortes. amarrados um no outro. quero-te todo, sem alguma vez te querer todo. quero ser tua, sem nunca deixar de ser minha. és o bem do que sempre esteve mal. tenho sempre saudades do que fomos, ao mesmo tempo que quero sempre o que alguma vez poderemos vir a ser. és o desejo. meu amor.

foste a correcção da tristeza. emendaste as lágrimas e a falta de sorrisos. foste o meu regresso feliz. a possibilidade de. a vontade de. quero que. saibas sempre que. ainda há tanto a querer. a aprender. a sonhar. há sempre tanto de novo no conhecido que não se conhece. nunca. o bem que sempre esteve mal. a compreensão daquilo que queria. daquilo que não queria. apagas as linhas tortas. ou dás-lhes curvas mais bonitas. fazes da tua magia. usas os teus truques. e eu caio em ti. que tu és isto e aquilo. e para mim és muito mais que o muito que alguém pode ser. és sempre mais. para além do esperado. tu que superas o inesperado. és sempre mais. que é sempre pouco o muito que temos. nunca chega. meu amor.


as horas que são e eu vestida. parece que me habituei a esperar por ti =)


Saturday, November 11, 2006

time waits for no man and it won't wait for you (*)



odeio a palavra tempo.



(*) time, russ ballard


Thursday, November 09, 2006

let's get carried away.

acho q precisas de ouvir a easily dos red hot chili peppers
tenho dito

porquê? perguntei eu...


easily let's get carried away. easily let's get married today. shao lin shouted a rose from his throat. everything must go. a lickin' stick is thicker when you break it to show. everything must go. the story of a woman on the morning of a war. remind me if you will exactly what we're fighting for. calling calling for something in the air. calling calling i know you must be there. easily let's get caught in a wave. easily we won't get caught in a cage. shao lin shakin' for the sake of his soul. everything must go. lookin' mighty tired of all the things that you own. everything must go. i can't tell you who to idolize. you think it's almost over but it's only on the rise. calling calling for something in the air. calling calling i know you must be there. the story of a woman on the morning of a war. remind me if you will exactly what we're fighting for. throw me to the wolves because there's order in the pack. throw me to the sky because i know i'm coming back. shao lin shakin' for the sake of his soul. everything must go. lookin' mighty tired of all the things that you own. everything must go. the story of a woman on the morning of a war. remind me if you will exactly what we're fighting for. calling calling for something in the air. calling calling i know you must be there. i don't wanna be your little research monkey boy. the creature that i am os only going yo destroy. throw to the wolves because there's order in the pack. throw me to the sky because i know i'm coming back. easily.


talvez por isto :)

thanks

Monday, November 06, 2006

letting the cables sleep

e de repente...

don't wanna lose the time
lose the time to come


como se a estivesse a ouvir pela primeira vez...


letting the cables sleep. bush


Wednesday, November 01, 2006

holding it right

e sem nós. sem apertos. sem lágrimas que por fim sairam. sem nada. apenas com tudo o que somos. com o muito que somos. nós. apenas nós.


when you find it, you're gonna hold it right. you'll hold it right. (*)



(*) welcome home. tegan and sara


Tuesday, October 31, 2006

desabafo...

apetece-me o teu abraço... aquele abraço. apetece-me o teu abraço apertado, forte. sem dúvidas. aquele abraço que já tão bem me fez. aquele abraço que é o suficiente. apetece-me o teu abraço.


powerless

e quando atravessei o portão já estava a chorar. tinha pousado os olhos na árvore. onde debaixo dela nos tínhamos despedido naquela primeira noite. tinha olhado para o lado da árvore onde me deixas tantas noites. e chorei. chorei por ontem. chorei por nós. chorei por mim. sem poder nenhum. chorei. só queria enfiar-me na minha cama e ficar ali. quieta. sem poder nenhum. sem poder no resto dos nossos dias. na nossa vida. sem poder. enfiar-me na cama. sozinha. contigo no pensamento. com o nosso amor preso a mim.


não, não tenho dúvidas. nem agora.


Monday, October 30, 2006

vou sonhando...contigo.

mais uma pausa do livro. curiosidades de histórico. abro à toa uma conversa nossa. 10 de abril. as tuas palavras ainda me arrepiam. e não são só as palavras sobre mim. as tuas palavras que revelam os teus pensamentos. tu que me arrepiavas. que me fascinavas. que me mantinhas acordada. que punhas o meu pensamento em ti. que confiavas em mim. que me fazias confiar em ti. que me foste fazendo feliz. como não me apaixonar por ti? como não estar cada vez mais apaixonada por ti? ainda tens todos esses efeitos em mim.

ainda me perco em ti. nas tuas palavras. nas tuas acções. em ti. dás-me vontade de ti. és um sonho real. onde me engano a mim mesma. onde me vou atraiçoando a mim mesma. palavras que não queria dizer. saem de mim para ti. do meu peito para o teu. dos meus lábios para o teu sorriso. és a minha realidade idílica. o teu amor tem a medida perfeita. fica-me bem. combina comigo. nós juntos temos a medida certa. a medida um do outro.

regresso ao livro. quando o acabar gostava de me enfiar numa cama contigo. onde tu já estás a dormir. enfiava-me devagarinho e sem fazer barulho. de manhã, quando tu acordasses, eu também acordaria. só para sorrir para ti. para te dizer bom dia.

por mim, podia ser sempre assim.



Wednesday, October 25, 2006

la la la la la la la means... i love you... (*)

chamaram-me e disseram "tens que assinar o postal do teu gajo". sorri. nem sabia que havia um postal. eu era a primeira a escrever. e deram-me liberdade de espaço. voltei a ficar presa em imagens nossas. deixaram-me sozinha com um postal à frente e a única coisa que parecia sair eram lágrimas. mas não sairam. (por muito pouco) o que é que eu haveria de escrever? a pressão, a pressão. pensei em pequenas dicas que só tu entendesses. aquelas nossas coisas. que significam tanto. pensei nos nossos seis meses. pensei em conversas. em passeios. em imagens apenas. imagens de ti. de sítios onde fomos. de risos nossos. de olhares nossos. lembrei-me de quando saimos da praia de mãos dadas. lembrei-me de pisar areia no chão do meu quarto. volto sempre a essa noite. sempre, sempre.

e agora. penso em tudo de bom para ti. quero tudo de bom para ti. um sorriso nos lábios fica-te bem.

[chamada tua]

és tão lindo... e eu que desabo em lágrimas presas há tanto tempo por tantos motivos. num choro só meu. porque és a lágrima de felicidade no canto do meu olho. porque eu gosto daquilo que és. e não, não gosto de casos perdidos nem sou simpática (as coisas que eu me lembro).

e gosto mesmo. da maneira como lidas com as pessoas. essa tua sinceridade que pode ser bruta, até má. mas é sinceridade. como já disse uma vez, és das pessoas mais verdadeiras que conheço. és dos melhores amigos que uma pessoa pode ter. vais onde tiveres que ir. és fofo. carinhoso. és o meu refúgio. o meu abraço preferido. o meu abraço forte. de confiança.

porque eu esperava por ti. porque tu vinhas mais cedo para falar comigo. porque não dormiamos. porque nos apaixonámos. porque és o meu amor "lindo, fofo e forte".


porque te amo.


parabéns, meu amor.



[e acabo este post com uma música ouvida nos teus braços. bem perto da nossa parte.]



(*) la la means i love you. delfonics (possivelmente não te vais lembrar, mas pronto =P)


Sunday, October 22, 2006

hold you so tight (*)

há dias em que caía nos teus braços e deixava-me lá ficar. no espaço de tempo daquelas duas palavras.
em que o teu toque me curava e me levava a sonhos perfeitos. sonhos de nós.
em que o teu abraço me dava a força que a fraqueza me rouba.
em que o teu olhar me trazia o sorriso que a minha cara já pede.
há dias em que só me apetece o sossego e tu.
porque ainda sonho. porque não perdi isso. porque prefiro os sonhos contigo.
prefiro que sonhes comigo.



(*)counting down the days. natalie imbruglia



Sunday, October 15, 2006

let's get out of here. (*)

momento oporturno. quando é só isso que me apetece. surge numa convera. surge noutra. acho piada associarem esta frase a nós. acho piada eu sentir isso. vontade de fugir contigo.

fugir para nós.

és o meu destino preferido.


(*) untitled. pearl jam

Saturday, October 14, 2006

natural.


o teu toque. o teu cheiro. o teu sorriso. o teu beijo. o teu abraço. o teu olhar. tão familiar. tão natural. parte de mim. tu. que quero conhecer. descobrir. redescobrir-te. investigar. procurar-te. movimentos do à vontade. sorriso de felicidade. lágrimas presas na garganta. nervoso miudinho nas pontas dos dedos. aperto-te nos meus braços. olho-te nos olhos. sorrio. lágrimas presas na garganta. és o meu cantinho. refúgio. aconchego de felicidade. familiar. como toques, gestos, olhares, expressões. entendimento. sorriso. és... és tu.


imagem: kurt halsey


Friday, October 13, 2006

i will find a way (?) *

e no gesto de me levantar e ir até à janela percebi que não estou nada preparada. nada. nada. como é que vou fazer. se já fujo de conversas. se já tenhos sonhos. "já". o tempo que ainda falta. "ainda". o tempo que me foge debaixo dos pés.

e parece que quanto mais certezas há, maior o medo.

pelo menos tenho noção da estupidez.


*leash, pearl jam (letra original: "we will find a way")


Monday, October 09, 2006

é tempo de...?

às vezes apetece-me gritar os nossos sonhos. subir aquelas torres altas. observar paisagens. sonhá-las contigo. e apetece-me gritar os nossos sonhos. para torná-los mais próximos da nossa realidade. apressar o tempo, o mesmo que não quero que passe, para chegarmos onde queremos. esta divisão. tempo que passa tão rápido. tempo que não passa. este tempo que me sufoca devagarinho a cada conversa. a cada palavra. cada lembrança desse tempo. este nosso agora. tão bom. tão perfeito. tão nosso.

agora é tempo.

é tempo de passear de mãos dadas.
é tempo de me abraçar a ti.
é tempo de te beijar.
é tempo de te ter perto de mim.
é tempo de rir contigo.
é tempo de adormecer e acordar contigo. onde quer que seja.
é tempo de pensar em ti.
é tempo de partilhar tudo contigo.
é tempo de me partilhar contigo.
é tempo de ser feliz contigo.

para mim é sempre tempo de ti. contigo. nós.

o tempo trará aqueles inúmeros pontos interrogação. esse tempo que não quero que passe. o mesmo tempo que desejo tanto que passe depressa.

voltas. voltas. assombros. bocadinhos de medo que afasto. sucesso temporário.

mas agora.


agora é sempre tempo de nós.


Wednesday, October 04, 2006

already did that :)

"show me show me show me how you do that trick. the one that makes me scream." she said. "the one that makes me laugh" she said. and threw her arms around my neck. "show me how you do to and i promise you, i promise that i'll run away with you, i'll run away with you." spinning on that dizzy edge, i kissed her face and kissed her head. and dreamed of all the different ways i had to make her glow. "why are you so far way?" she said "why won't you ever know that i'm in love with you? that i'm in love with you?" you. soft and only. you. lost and lonely. you. strange as angels. dancing in the deepest oceans. twisting in the water. you're just like a dream... daylight licked me into shape. i must have been asleep for days. and moving lips to breathe her name. i opened up my eyes and found myself alone. alone. alone above a raging sea. that stole the only girl i loved and drowned her deep inside of me. you. soft and only. you. lost and lonely. you. just like heaven.


(nota: mudar o sexo em certas frases =P)


just like heaven. the cure


Thursday, September 28, 2006

perto.


aconchego-me em ti. aninho-me em ti. perto. o teu calor em mim. deixo-me ficar. perto. feliz. abraça-me. passeia as tuas mãos pela minha pele. passeio os meus olhos por ti. observo-te. passeio a ponta dos meus dedos na tua pele. toque suave. enrolo-me na tua cintura. aninho-me no teu peito. tão perto. sinto o teu cheiro. guardo o teu sabor na memória. guardo a tua imagem. passeias os teus olhos em mim. a descobrir-me. como se nunca me tivesses visto. ainda fazes coisas dessas. ainda me olhas dessa maneira. perto. enrolas os teus braços na minha cintura. apertas-me. sou tua. enrolo os meus braços no teu pescoço. beijos. beijos. beijos. sem fim. tu chegas. tu chegas. e eu aninho-me em ti.


imagem: kurt halsey

Tuesday, September 26, 2006

à noite

a minha pele viciou-se na tua. espera pelo teu toque. espera calada. espera. as noites que não estás. os dias que não estamos. as horas que não passam. e aquelas que não quero que passem.

a ponta dos meus dedos que tocam o ar vazio da noite. deviam tocar-te a ti. brincar com os teus dedos. passear pelo teu pescoço. pelo teu cabelo. por ti.

a minha boca devia sentir-te. beijar-te. beijar-te. beijar-te. respirar no teu pescoço, enquanto te aperto nos meus braços e penso que te amo.

os meus olhos deviam parar nos teus. no teu olhar. deviam parar sobre ti e conhecer-te de cor. cada olhar. cada sorriso. cada expressão.

e o meu corpo. pertence junto do teu.


à noite deviamos estar juntos.


Sunday, September 24, 2006

tic - tac...

"Part of the philosophy of yoga is that we can't always change the world around us. No matter what we do, bad things will happen and stressful situations will arise. The only thing we have control over - the only thing we can change - is ourselves. We can decide how to react to situations that challenge us. Will we allow them to throw us off centre, or will we take them in stride?"


esta raiva que já começava a controlar. aquele nozinho na garganta já tão (demasiado) familiar. desespero, até. decisões que me cabem a mim. mas não me afectam só a mim. não sou boa nisso. não sou boa a arriscar perder uma noite contigo. pensar. pensar. o que é que podes fazer? pensar. e depois a outra questão: será que podes mesmo fazer? posso, claro. mas estás mesmo disposta a arriscar a ficar sem nada. não, não estou. parte da decisão está tomada. mas não era assim que eu queria.

ultimamente começa a haver demasiada coisa que não é como eu queria. e não entendo os seus porquês tal como o outro lado não entende (ou nem tenta entender) os meus. começo a ficar cansada. farta. tremo quando novos planos surgem. será que os posso realizar? será que me deixam? e fico tão cansada das mesmas conversas. dos mesmos comentários. dos riscos. dos "não sei". dos "será". estou farta. farta. farta.


um dia
um dia

isto explode.


e aí, ou ganho muito, ou perco tudo.


mas um dia, isto explode.


i choose us...


Friday, September 22, 2006

allea jacta est

sonhamos. alto e bom som. juntos.
planos feitos de ar. feitos de (por) nós.
sonhos soltos em dedos. e palavras?
palavras. palavras.
quando te encontrar na rua.
a ti, meu amor.

vou dizer-te que sim. sim. sim.
mesmo que já o saibas.

és o meu sonho de papel guardado na gaveta dos sonhos.
na prateleira de cima.
na mesinha de cabeceira.

és o sonho escondido no meu dia.
és o sonho que se vê no meu sorriso. nos meus olhos.

levo a felicidade nas mãos. mas ela só se sente felicidade junto das tuas.

juntos somos a chuva e o sol.
felizes.


arco-íris :)


Thursday, September 21, 2006

i will not lose my faith...

underneath this smile lies everything. all my hopes, anger, pride and shame. make myself a pact not to shut doors on the past. just for today... i am free. i will not lose my faith, it's an inside job today. i know this one thing well... i used to try and kill love, it was the highest sin. breathing insecurity out and in. searching hope i'm shown the way to run straight, pursuing the greater way for all... human light. how i choose to feel,... is how i am. how i choose to feel,... is how i am. i will not lose my faith, it's an inside job today. holding on, the light of the night, on my knees to rise and fix my broken soul. again. let me run into the rain, to be a human light again. let me run into the rain, to shine a human light today. life comes from within your heart and desire. life comes from within my heart and desire. life comes from within your heart and desire.


inside job. pearl jam


Monday, September 18, 2006

can they? (*)

dou voltas às palavras. voltas aos pensamentos. aos sorrisos e memórias de nós. por vezes deixas de caber no meu sorriso de tão grande que o quero fazer. de tão grande que o fazes. enches-me de sorrisos e de borboletas quando falas do que queres. do que sentes.

o tanto que vamos ambicionando para nós. formas imateriais esses nossos desejos. essas sementes de sonhos que vais semeando em mim. és lindo. olho para ti e penso. és lindo. e sorrio. como um segredo que só eu sei, só eu vejo. és lindo.

caminhar lado a lado. contando histórias nossas. sorrindo. amando. sendo tão feliz.

penso sempre no treino. e olho-as. gosto de as ver juntas. as nossas mãos.

dou voltas às palavras, mas só me saem sorrisos.


obrigada por eles.


Saturday, September 16, 2006

Way too much time available...

Porque a cara dona Eli apeteceu-lhe...vamos a isto...6 coisas aleatórias sobre mim...

1. sou preguiçosa e adoro dormir.

2. não vivo sem música.

3. sou uma lamechas ultra-sensível que passa a vida a sonhar acordada.

4. livros, livros, livros.

5. sou viciada em amar os meus amores. adoro tratar bem as pessoas que gosto. :) (percebe-se já o número 3...)

6. chá.


pronto...passo o testemunho...

note to self.

when i'm dancing with you tomorrow doesn't matter, turn the music up til the windows start to shatter cause you're the only one who can get me on my feet, and i can't even dance.

when we're together
when we're together
there is no tomorrow
there is no tomorrow

when we're together
there's no one in the world
but you and me
oh you and me
oh you and me


(bits of) no tomorrow. orson


Thursday, September 14, 2006

"a nossa parte..."

ainda me adormeces embalada em alegria. com um sorriso nos lábios. perfeição. contigo é assim. há uma colecção de momentos perfeitos. e eu tento guardá-los a todos. para nunca os perder. em caxinhas especiais. espreito lá para dentro para rever os sorrisos que trocámos. as palavras que dissémos. e sabes que se espreitar com atenção ainda consigo ver em nós aquelas que não dissémos. consigo ver para além de nós e ter um vislumbre dos nossos sonhos. consigo perceber-nos em cada olhar, cada sorriso, cada gesto embaraçoso. de quando olhamos para o lado para não se perceber a nossa falta de jeito. espreito lá para dentro e percebo como ainda somos agora. com bocadinhos de "mais" espalhados por nós.

mais feliz.
mais completa.
mais apaixonada.
mais tua.
cada vez mais tua.



és dos sonhos que mais quero realizar.



let me run into the rain (*)

água na cara.
lembranças de nós.
desejos de nós.
frio, mãos frias, pele arrepiada.
aqueces-me?
puxas-me para ti e aqueces-me?
enrolas-me nos teus braços?
lembro-me de ter estado contigo à chuva.
sem frio.
hoje tive frio.
amanhã vens comigo?


(*) inside job. pearl jam


Sunday, September 10, 2006

together.

tira-me o sono. se só assim ficamos juntos. acorda-me quando sonho contigo. se só assim ficamos juntos. longe e perto. noites em claro. longe. noites em claro. perto. riscos corridos. sempre. com medo. receio. mas riscos corridos. se só assim ficamos juntos. remexe-se nas memórias. nos sorrisos passados. nas alegrias que ainda trazem sorrisos. e sonha-se. sonha-se tanto. bem acordada é quando mais sonho contigo. connosco.

gosto de nós. muito. gosto de fazer rascunhos para nós. ficando palavras, sonhos e desejos em folhas de papel amachucadas. em sorrisos perdidos guardados no olhar. fixo. sincero. no olhar que (me) vê. porque é assim que me vês. debaixo da pele. por detrás do visível. vês-me. despida de tudo. eu deixo. eu quero. vê-me. o olhar não foge. eu não me escondo. olhar penetrante. olhar que me analisa. que me incomoda. que me atrapalha.

gosto de rir contigo. de ouvir as tuas histórias. de te conhecer. gosto de te observar. gosto de reparar em pequenos pormenores teus. em gestos. acções. palavras. és lindo em todas elas.

tenho saudades de lençóis partilhados. de sentir-te sem querer a meio da noite. de ter medo de te acordar. tenho saudades da cumplicidade de um dia inteiro. tenho saudades de gelado durante a madrugada em frente à televisão.

despe-me de tudo o que me possa tapar. tem-me. como só tu me sabes ter. sente-me. tem-me. tira tudo entre nós. tira. tira. até que fiquemos os dois. um em frente ao outro. sem nada a nos tapar. onde não há nada para além de nós. um em frente ao outro. sente-me. toca-me. as tuas mãos percorrem-me. conhecem a minha pele. conhecem os meus medos ou as minhas certezas quando as aperto. despe-me de tudo e tem-me. em cada instante.


e acordo. salto. fugo. se só assim ficamos juntos.


Friday, September 08, 2006

studies of the past

sentir o que se sentiu. sentir mais. mas sentir aquilo. sorrir com o que foi. com o que é. o mesmo nervoso miudinho que teima em não passar. a vontade de ti que só faz crescer. ainda me apetece saber-te de cor. ainda me apetece fugir. para qualquer lado. para lado nenhum. para ti. para onde quer que tu estejas. para onde quer que tu me queiras levar. ainda adormeço contigo no pensamento. ainda adormeço a sorrir. fazes-me feliz. fazes-me bem. ainda flutuo. anseio por ti. por nós. gosto tanto de nós. do que somos. adoro as nossas mãos unidas. dedos brincalhões. dedos que brincam ao som de música. entrelaçados. entrelaçados. final daquela noite. apetece-me a tua presença. os teus braços. as tuas mãos. o teu pescoço. a tua cara. o teu olhar. a tua boca. apeteces-me tanto. apetece-me o vento na minha cara para desviares o meu cabelo. apetece-me a chuva para fugirmos para debaixo dela. apetece-me a noite para fugir para ti. apeteces-me sempre. quero os teus sorrisos. as tuas expressões. como tu ainda me deixas sem palavras. sem jeito. como ainda dizes o que dizes. como sentimos o que sentimos. ridículos na nossa felicidade. ridículos, ridículos. sorrisos que se formam. sorrisos que teimam em ficar sempre à espreita. sempre prontos a surgir. apetece-me fugir para ti.


Thursday, September 07, 2006

"Isso foi...one hundred years ago..."

partiste-me o coração. tive vontade de chorar. de fazer sair as lágrimas que pesavam na tua voz e no teu olhar, mas não saiam. e eu custava a respirar. e tu falavas, falavas... e eu sufocava e apeteceu-me chamar-lhe nomes. dizer que ela não tem o direito de te fazer sofrer. que tu não mereces sofrer dessa maneira. apeteceu-me dizer para a deixares. apeteceu-me dizer tanta coisa. mas sobretudo apeteceu-me chorar. por ti. apeteceu-me abraçar-te. chorar contigo. as lágrimas que nenhum de nós chorou. o ar ficou pesado. e tu falavas. quando eu pensava que não havia nada pior. tu falavas. e custou-me olhar para ti. ver os teus olhos. o teu encolher de ombros. tu ali deitado na minha cama. e eu na cadeira. a observar-te. a deixar-te falar. a pesares-me no peito.

e falámos do passado. como sempre o fazemos. e falámos dele. como sempre o fazemos. e dela. como sempre o fazemos. e rimos com vídeos. convites para jantar da minha mãe. despedidas. e gosto sempre de falar contigo. mas... hoje pesaste-me...

hoje o tempo custou a passar.


mesmo assim, não deixaste de ficar feliz por mim. e fico eu feliz pela tua opinião. pelo teu tom de brincadeira preocupado com ele. e fiquei com pena. terias adorado o concerto.

adoro-te :)


Wednesday, September 06, 2006

tururu tutururu...

nós não precisamos de o dizer.
está escrito no nosso olhar.
está escrito nas nossas mãos entrelaçadas.
está escrito nos nossos gestos.
está escrito nos nossos abraços.
está escrito no nosso sorriso.
nós não precisamos de o dizer.
nós não deixamos dúvidas para que as palavras nos façam falta.
nós não precisamos de o dizer.
nós sabemos.



engraçado como a minha versão preferida continua a ser a de Portugal. Muda o ano.


Tuesday, September 05, 2006

Vá, vá!!! Pearl Jam!!!!!!

Só para não dizerem que eu sou mentirosa, ou que imaginei tudo, ou então que aquilo era emoção demais para eu estar ciente das minhas palavras... leiam por vocês mesmos vá, vá!!


Isto para perceberem que ontem Pearl Jam no Pavilhão Atlântico foi do melhor! Para perceberem que houve momentos que nunca vou querer esquecer. Que foram anos a sentir a minha vida acompanhada por aquela banda sonora. Que aquela noite não poderia ter sido melhor. Quer dizer...se eles tivessem tocado let's say... Daughter, I got ID, State of Love and Trust...mas pronto. (mais) Uma noite para relembrar vezes sem conta...


Isto já me passa... não se preocupem...



That was fucking beautiful... (*)

Foi...lindo... Era exactamente aquilo que eu tinha esperado.

Todos a cantar, a saltar...

Foi lindo...

As luzes da Wishlist, Inside Job, todas as grandes músicas, pena terem faltado algumas... a Black... Black. Black foi perfeito. Todos os pormenores, todos os acordes. O final. O final. O final perfeito como só o Eddie sabe. Não esperava. Para falar verdade nem me tinha passado pela cabeça a possibilidade desse final. Mas quando o ouvi... foi tudo. Foram as palavras. As luzes. O estar ali. Foste tu. Foste tu que me apertaste ainda mais. Foste tu.


Foi tudo incrível... Foi lindo...



(*) Eddie Vedder. Live at the Garden, New York City. 8 Julho 2003



Sunday, September 03, 2006

From Seattle...

a casa cheira a doce de melão e eles tocam bem alto! é já amanhã. começo a ficar ansiosa. foram anos à espera disto!! hehe há tanta coisa que quero ouvir. há tanta coisa que faz sentido ouvir com as pessoas que vou :) outras pessoas farão falta. na betterman. do the evolution. se der, claro. mas de todas as pessoas que me vou lembrar é da minha linda que mais vou sentir falta :) a descoberta foi contigo, meu amor. está muito mal não ires. está muito mal o teu irmão ser um relaxado! mas depois vou-te contar todos os pormenores. curiosamente hail hail vai-me fazer lembrar de ti. lembro-me quando puseste essa música. queria levar-vos a todos (mesmo os que não queriam ir de livre vontade muahahahaha).


e agora em especial para ti e para ti, porque a outra é estúpida e não tem nada para uma pessoa pôr link, mas refiro-me a joana minha slut, como é óbvio =P... mas como dizia eu, em especial para nós...eddie vedder! e tenho dito. vocês percebem. (ok, um bocadinho de stone gossard para ti porque gostas do estilo. e jeff amment para mim e a outra sem link)

yay!



acabou o momento de loucura. :)


ou então não!!!!!!!...



Saturday, September 02, 2006

magic works

és como pó de magia.
ainda me fazes flutuar.
adormeço com o teu sorriso amarrado nos meus lábios.
com o teu toque na minha pele.
trago-te em mim.
és como pó de magia.
entranhas-te em mim e não te deixo sair.


nós.

há coisas que nunca deviam mudar. nós somos uma delas. relembrando o passado. saboreando o presente. tentando o futuro. nós. fantasias. sonhos. medos. segredos. nós. par de pegadas jogado na areia. caminhando lado a lado. na mesma direcção. nós.

sabe bem demais contigo. sabes-me bem demais.

e às vezes quando te abraço. quando dou por mim a ver os números aumentarem. 1. 2. 3. 4. 5. 6. penso que é possível. penso que sim. e porque não?

era capaz de passar horas e horas nos teus braços. sabes? e mesmo assim, saberia sempre a pouco. quero-te sempre mais. tanto.

nós. quem diria?

há coisas que nunca deviam mudar. mas não é assim. há coisas que não quero que mudem. nós somos uma delas. nós juntos. felizes. ridículos na nossa felicidade. felizes. felizes.

há noites que não deviam acabar. há noites que só deviam acabar do teu lado.

porque contigo sabe melhor.



és dos sorrisos mais felizes que trago na boca.



Friday, September 01, 2006

três pontinhos brancos em fundo escuro.

tons de azul escuro. prateado no cimo. a metade do início. como nos sonhos cor-de-rosa. par de pegadas e pontos de interrogação. releio nos outros as nossas palavras. será que também eles sabem o nosso segredo? será que também eles susurram ao ouvido os nossos gestos? espero pelos tons de azul escuro. nas metades do nosso tudo.


Thursday, August 31, 2006

: )



quando as mãos se separam abraça-se a memória



the last time

ridícula. ridícula. que falsa. os olhos pararam no último sítio. por onde passo quando vou ter contigo. para onde olho todos os dias. mas só hoje lá pararam. falsa. lembro-me de tudo, tantas vezes contado como sendo a última vez. lembro-me da prenda. prenda que não gostei. vou procurá-la. falsa. procuro por uma prenda que não gostei na altura e nem gosto agora só porque foi a última coisa que me deste na última vez que te vi. no dia dos meus anos.

quantas mais prendas tuas não estarão perdidas nesta casa?

o preto mantém-se. aqui e ali. mas vai-se disfarçando.

estou cansada do assunto que não morre. ironia. este não morre.

ironia.


e que necessidade tens tu de puxar um assunto que não te pertence? para encheres a boca a dizeres que gostavas dele? porque não é tua a dor. falas e falas. e não percebes os olhos que fazes baixar. às vezes metes-me nojo.


a prenda (um cachecol vermelho) descansa no meu colo. falsa.





Wednesday, August 30, 2006

everyday, everyday, everyday...

starting today i'm not gonna waste another moment. even if i had the chance before i would have blown it. but you took me by surprise and you caught me just in time. everyday you give me reason not to walk away. i stop believing that the world's gone crazy and if it is you'll save me. starting today i'm not gonna worry about tomorrow. i'll wash away all this fear that's left me feeling hollow. cause you make me wanna try and you caught me just in time. everyday you give me reason not to walk away. i'll stop believing i should burn like crazy cause if i did you chase me. anyway, i should have told you so many times that i shyed away. somehow you always seem to be there, making it easy and you give me reason to stay everyday, everyday, everyday, oh everyday, i'll stop believing that i should burn like crazy cause if i did you chase me. anyway you give me reason not to walk away. i stop believing that the world's gone crazy and if it is you'll save me. starting today i'm not gonna waste another moment.



starting today. natalie imbruglia



welcome home, bee

chegada a casa. corrida pelos corredores. as minhas coisas.
enrolada nos teus braços. aniquilando as saudades de tudo.
enrolada na minha cama. o descanso perfeito.


enfim em casa. com palavras mortas pelo caminho. com pensamentos perdidos nas encostas e nas águas do mar. sorrisos escondidos em pores-do-sol.


we. we together. one being. flow together like water. till i can't tell you from me. i drink you. now. (*)


(*) the red thin line


Sunday, August 13, 2006

Going south

mais uma despedida.

levo o teu olhar preso na lembrança dos meus olhos.
sinto o teu beijo na minha boca.
aquece-me a sensação do teu abraço na minha cintura.
duas semanas.
até lá.


fiquem bem :)

Saturday, August 12, 2006

wishing...



just know that these things will never change for us at all (*)



(*) snow patrol. chasing cars



Thursday, August 10, 2006

that city was exhausted (*)

a ouvir tegan and sara. lembrei-me que foste para longe. lembrei-me que me vais fazer falta. para cantar. para falar. para perceberes o meu humor pela minha cara. pelas minhas (meias) palavras. saudades de me levantar por ter combinado contigo. saudades de me sentir mal por me ter deixado dormir. perder o autocarro e a primeira preocupação ser avisar-te. saudades de combinarmos o que fazer no barco. ler ou dormir? ou apenas estar ali, a ouvir o que dá na rádio. cantar better man e fazer figuras tristes. rir. brincar. dar-te beijinhos mimosos. abraços apertados e ser tua mãe mesmo que a brincar.







o laranja é em homenagem ao teu quarto novo. não sabes como fico feliz por te ver feliz. com o teu espaço. vinte anos depois, finalmente o teu refúgio. love you love you love you. :)


(*) wake up exhausted. tegan and sara


Ctu

viagens e anjos não condizem. a menos que seja uma
viagem angelical na qual eu participe indirectamente.
imaginem só, os anjos e eu. que mistura diabólica. diria
mais, doentia. as asas brancas reluzentes, amistosas em
contraste com meia asa negra desnudada e incompleta. a
ponte entre a luz e a escuridão. entre o morcego e a
pomba. morcego sangrento que se cola à pomba em
êxtase digno de uma cavalgada infernal. entre mãos
lavadas e sujas consideraria aniquilar os dois.

decidi que um dia domaria a lua e o seu brilho
que me destrói a íris sem quebrar. sugeri que a lua
era o meu território. tolerava a presença dos ritos,
das fadas e dos dagões. mas nunca ocupariam o
meu trono

creio que o meu lar é, no mínimo, saltitante. a lei da
gravidade é imperatriz. jurei que iria descobrir
a fonte daquela luz semi-esbranquiçada e apagá-la.
imaginem o mundo às escuras. não víamos sequer
os anjos a brilharem como pirilampos mágicos.

queria uma viragem, sim! desisti de considerar o
meu estado intermitente. desisti de pensar que podia
desligar a luz da corrente. desisti de procurar essa
soberania abismal que encadeia o espírito mais são.
mas não desisti de imaginar... tirem-me a imaginação
inimaginável e serei um ser comum. arranquem os
pedaços de abstracção de minha pele e reduziriam
a minha existência.

lancei-me então, de braços fechados, numa nova
embuscada. transformar a lua na minha nuvem
impessoal e intransmissível. tomarei as suas rédias
e indicar-lhe-ei o meu caminho. e depois de riscar
as teorias medíocres que me boicotaram lá estava eu
em pleno voo lunar. em plena loucura ou fetiche. uma
das duas, confundiam-se.

possuía a lua sem que os instrumentos de coação fossem
necessários. resisti ao seu efeito aterrador e tórrido e
sentei-me.

anjos e viagens não condizem. portanto, desta feita, esqueci
as viagens. com a lua pálida e os anjos transparentes o mundo
nem parece tão assombrado... os cânticos excruciantes que
gelam freneticamente a alma parecem menos intensos. e dói,
quebra-me tanto descer das asas mortas da lua. forma-se em
mim o vazio desesperante. e a vida de luzes apagadas...



Ana Filipa [Anokas]



és linda. me loves you very much.


And I'm back!!

E a semana passou-se. Passou-se bem. Passou-se menos bem. Mas passou-se. Gostei do que conheci. Vi muito. Serras, castelos, mosteiros, jardins, cidades. Adorei essa parte. As saudades apertavam. A minha casa, o meu quarto, todos, tu. E ficava ansiosa para voltar. Falar com as pessoas, percorrer o meu corredor, esticar-me na minha cama, aninhar-me nos teus braços. E penso que estou quase de partida outra vez. Desta vez por mais tempo. Mas até lá mato saudades. Criamos novas recordações para eu as levar. Desta vez para sul.



It's good to be back.



Wednesday, August 02, 2006

I'll be right back...

Vou até ali ao norte do país. Volto algures para a semana. Fiquem bem!!





levo-te guardado no pensamento :)


Xiiiiiii...... =)

Parabéns gaja!!!!




Beijos grandes, muitas felicidades...enfim essas baboseiras todas já tão batidas!! Espero que saibas o quão especial és (para mim :$...) hehe... bla, bla, bla...you know...


Love you
=) *********



Tuesday, August 01, 2006

without



my skin feels alone without you.


Untitled nº3

respiro. ajuda a passar o tempo. se não respirar ele passa na mesma. ainda bem, que os teus braços já me fazem falta. e vão-me fazer falta. irei. ai. futuro. risca. o tempo passa e fazes-me falta. aqui. ali. onde estou. onde não estás. onde te desejo. em toda a parte. no sorriso de bom dia. no beijo de boa noite. em mim. a dois é sempre melhor.

Monday, July 31, 2006

take me anywhere (with you).

para onde vais, vida?

para onde me levas?

.silêncio.

as palavras pairam no vazio.

no não-saber.

olho-me no espelho da alma. aquele reflecte o que fiz, disse, pensei, senti.

aquele que me reflecte.

vejo as nossas mãos. dedos entrelaçados. um nó apertado. forte.

em que pensas quando os meus pensamentos são sobre ti?

onde nos leva a vida?

leva-nos juntos?

separados?

felizes?

o (meu) espelho reflecte-nos. juntos. felizes.

os desejos...

os sonhos...

são aquelas nuvens que pairam no espelho. por cima de nós.

(ir)real?

.silêncio.

as nuvens, o vento sopra-as para longe.

o nó. permanece.

permanece.

Thursday, July 27, 2006

Did you ever taste clouds? (*)

O vento agitava as folhas das árvores. Há quanto tempo eu não ouvia esse som à noite. Estar no silêncio da noite a ouvir os seus barulhos. Os seus sússuros. Folhas. Galhos. Noite calma. Céu estrelado e nós debaixo dele.

Tenho-te contado as minhas histórias. Entre quintas, árvores, caminhos por descobrir. Era aí que encontrava a minha liberdade. Na Natureza. Hoje teres estado presente enquanto redescobria esses encantos soube bem. E penso que há tantos sítios onde te quero levar. Os caminhos que percorria, as coisas que conhecia, que via.

Partilhar céus estrelados contigo. Passear de mãos dadas ao sabor do vento. Levados pela corrente, sem nos importarmos como o destino. Ah, sonhos de menina...


(*) natalie imbruglia. sunlight


Wednesday, July 26, 2006

compreendes(-me)?

Smile (*)


you make me smile


Em conversas. Nossas. Em dúvidas e pensamentos recorrentes. Em reacções tuas que não esperava, mas que gosto. Muito. Aquecem-me. Asseguram-me. Que sim. Sim, sim, sim. Liberdade, intimidade e confiança. Colas-me um sorriso nos lábios que permanece. Intocável. Inabalável. Desejos. Certezas. Tu. Resume-se a ti e ao que és. Para mim. O tanto que és para mim. Este aqui e este agora. Rever os caminhos percorridos para aqui chegar. Para chegar a nós. Ao que somos.


Sorrisos.


Muitos.


(*) smile. pearl jam


Saturday, July 22, 2006

Pipoca.


És fofo. Reguila. Queres tudo à tua maneira. Mas não te resisto quando te aninhas no meu colo porque estás assustado. O teu primeiro dentinho de leite a abanar. Explico-te e pergunto-te se tens medo. Acenas com a cabeça e chegas-te a mim. Pedes para ir contar à tua mãe, coisa que já fiz. És um amor. E pergunto se queres colinho de tia. Acenas com a cabeça e chegas-te a mim.

A festa é tua. A alegria também. Estás mesmo contente, com o teu sorriso lindo e os teus olhos grandes. E fazes exigências para aqui e para ali. Hoje damos-te desconto. Gritas ao abrir as prendas, e ris muito alto, com as tuas gargalhadas e exibes as tuas prendas aos teus convidados, todo orgulhoso.

Brincas de um lado para o outro. Bolas. Jogos. Brincadeiras. Hoje ninguém te pára. Ou pelo menos assim devia ser, mas o teu dente acalmou-te. Mas mesmo esse medo reflectido nos teus olhos não esconde a tua ansiedade de tudo o que a festa tem para ti. És um amor. O amor mais importante de tia.

Parabéns, Pipoca. E não, a tia não se atrasou, apenas quis esperar pela tua festa para ver bem essa tua alegria, esse teu sorriso lindo que tantas vezes me anima e me dá a força que preciso. Os teus abraçinhos apertados. Mesmo quando és mau, sabes que às vezes só te quero pertinho de mim. Gosto quando te chegas de mansinho ao meu quarto e te enfias na cama comigo. Gosto quando me dás aqueles abraços apertados e beijos sonoros. Gosto quando me contas as tuas coisas e os teus segredos. O teu sorriso ilumina o sítio onde estás, Piolho e ilumina-me também onde quer que eu esteja.

Amo-te...

=)



Tuesday, July 18, 2006

pânico.

as tuas palavras. palavras. palavras.

palavras...

p
a
l
a
v
r
a
s
.
.
.

trazem-me lágrimas aos olhos. temo o dia em que. temo. temo.

medo.

m
e
d
o.

e se's?

se. se. se. se. se.

nunca mais encontrarei ninguém assim. como tu.

tu. tu. tu. tu.

t
u
.

não quero.

Thursday, July 13, 2006

Conto de fadas

Lê-se em livros. Vê-se na televisão. Ficção. E depois acontece. Deixa-nos acordados até tarde. Perdidos em recordações de tempos complicadamente simples. Onde pensamentos rodopiam e fazem piscar sentimentos que emergiam sabe-se lá de onde. Aquele lugar onde estão os sonhos guardados em sorrisos silenciosos. O sabe-se lá onde traz-nos sempre surpresas. Don't see it coming. Do sabe-se lá vêm espirais de pensamentos, de sentimentos. Traz perguntas, perguntas, dúvidas, dúvidas. Porque sim. Porque aparecem. Porque quando as horas passam e levam menos de sessenta minutos desconfia-se. Coloca-se a boca de lado, mantém-se o olhar fixo no nada. E desconfia-se. Naquela cadeia de "talvez". Onde as possibilidades, de início, infinitas, começam a diminuir naquela desconfiança. Espirais no centro do corpo alastradas por todo ele. Percorrendo milímetros de pele com pensamentos duvidosos. Poros respiram a dúvida sentida. Absorve a pele, circula no sangue. Bocadinhos de certeza nas horas fugitivas. Voltar atrás para continuar para a frente. Nadas de pensamentos em tudos de sentimentos. Cheio de vida este corpo. Vida cheia esta. Na estrada da linha não-recta. Nos caminhos não-fáceis. De olhos fechados e mãos dadas. Sorrisos silenciosos que seguem sombrancelhas franzidas. Imaginação voadora por uma janela à luz de uma Lua entendedora. Tudo sabe aquela Lua. Segredam-se desejos e medos aos seus ouvidos inexistentes. As horas escapam por entre os dedos qual areia de uma praia qualquer. Sempre uma praia, com uma Lua prateada. O sabe-se lá de onde traz horas ainda não existentes. Espera-se ansiosamente por elas que não existem. Não se sabe delas. Onde quer que estejam. Por aí andam elas. Sempre a escapar. Escapar. Escapar. Ocupadas com palavras soltas ao ar. Perdidas no momento. Desconfiava-se a certeza. Porque quando a certeza sabe a ficção teme-se. Cobardes. Todos. Palavras perdidas melhor usadas nos ouvidos de quem quer que seja. Palavras vindas sabe-se lá de onde. De algures. Vindas dos raios lunares que banham a janela da liberdade, do amor. Essa palavra injusta. Soa a pouco. Esse tanto. Tanto. Tanto. Rodopiam espirais num quadro azul pendurado numa parede de um quarto qualquer. Num sítio qualquer. De quem quer que seja. Verbos fracos. Palavras inúteis. Vazias, vazias. Faltam sorrisos silenciosos. Daqueles. Faltam olhares profundos. Jardim perdido algures à beira rio. Sítio qualquer. Certezas consomem. Momentos certos, diz-se. Espera-se. Impaciente. Rebentar por dentro. Ter tanto. Tanto. Tanto. Tanto. Porque é um dia ficção e um segundo, um minuto, uma hora... muda tudo. Tudo. Tudo. Tudo. Mantendo tudo igual, não mudando nada. Nada. Nada. Porque lê-se nos livros que falam de nós, roubando as nossas recordações e desafiando a nossa memória. E vê-se na televisão os sorrisos e olhares vistos, sentidos, reproduzidos nos ontem's. Porque um dia ficção e no outro acontece.


Monday, July 10, 2006

full moon.




a lua cheia lembra-me de ti.



Sunday, July 09, 2006

forget the world...

we'll do it all, everything, on our own. we don't need anything or anyone. if i lay here. if i just lay here. would you lie with me and just forget the world? i don't quite know how to say how i feel. those three words are said too much. they're not enough. if i lay here. if i just lay here. would you lie with me and just forget the world? forget what we're told. before we get too old. show me a garden that's bursting into life. let's waste time chasing cars around our heads. i need your grace to remind me to find my own. if i lay here. if i just lay here. would you lie with me and just forget the world? forget what we're told. before we get too old. show me a garden that's bursting into life. all that i am, all that i ever was is here in your perfect eyes. they're all i can see. i don't know where, confused about how as well. just know that these things will never change for us at all. if i lay here. if i just lay here. would you lie with me and just forget the world?


chasing cars. snow patrol



Thursday, July 06, 2006

(sem) festa

Aquela festa é tua. Nossa. Lembranças nossas. Horas e horas. Ano após ano. Nos choques. Manobras que conheço de cor. Jogadas que me ensinavas. E eu sempre contigo, do teu lado. Porque, para mim, és dos melhores. Confiava em ti quando dizias que não ia acontecer nada. E nada acontecia. Podia fechar os olhos. Mesmo quando só estávamos os dois e mais um. O gato e o rato. E tu ganhavas. E nós riamos. Gozavas de uma maneira que me fazia chorar de tanto rir. Nós os dois, sempre, e ele e ele. Lembrei-me depois da melhor equipa de matraquilhos. O meu pai e o dele.

Sempre juntos. Nós dois. Porque ia contigo quando daqui não ia. E tu vinhas comigo quando daí não ias. Porque o teu avô tinha os seus contactos. E porque todos os dias lá estavamos nós. Piadas entre ti e o meu pai. Sempre juntos. A ouvir as mesmas conversas, as mesmas histórias. Lembrar delas no dia seguinte.

Perdeu piada quando nos separámos. Porque foi que o trocaste por ele? Não podias ter mantido os dois? Quando foi que cortaste os laços que tinhas? E porquê?

Vou lá. Não é a mesma coisa. Mas vou lá. E lembro-me de ti. Das gargalhadas e das brincadeiras. Da amizade. Tão minha e tua. Invejada amizade. Ao almoço lembrei-me de ti. Puré de batata e sorri sozinha.

Até ti.

As manhãs frias vão sempre ficando para trás. Quando o vento corta a pele e o cabelo chicoteia a cara. O céu de tons cinzentos. No caminho perdem-se pensamentos. Desperdiçados. Jogados ao vento. Outros guardam-se. Jogam-se outros à chuva, quando a há, levados pela água para portos desconhecidos e não-seguros. Outros ficam guardados a sete ou oito chaves. Levam-nos a chuva que limpa a alma. Os dia frios ficam sempre para trás. As noites geladas acompanham com os uivos do vento os sentimentos. A chuva bate no chão como bate o coração. Sentimentos guardados a sete ou oito chaves. O céu negro que aterroriza, ameaça. Presságio. Mas os dias frios ficam sempre para trás. Diz-se que o Sol nasce todos os dias. E quando se ergue no horizonte, ainda fraco, faz brotar pensamentos alegres. Abrem-se janelas para deixar o Sol entrar. Entrar ar. Arejar casas e cabeças. Roupa leve acompanha passos, torna mais fáceis de carregar os pensamentos que se jogam pela janela. Pairam no ar. Quem os apanha? Ninguém os ouve. São meros múrmurios que ecoam no vazio. A brisa leva-os. Lenta. Ainda podem ser apanhados, se não escorregarem por entre os dedos trémulos. Medo de os apanhar. Bocadinhos de verdade, de possibilidade escondidos neles. Bem escondidos. Mal se vêm. Suspeita-se. Ficam presos nas folhas verdes brilhante que os libertam. Pesam demais esses pensamentos. Talvez se fossem levados pela chuva que já não vem... Mas mesmo na chuva, ficariam presos nos grãos de areia. E seriam arrastados pela brisa para a janela. As teias tecem-se. Fios finos, delicados, sensíveis. Tecem-se em várias direcções. Partidos, quebrados, despedaçados. Mas voltam sempre a ser unidos. Senão esses, outros iguais. Pensamentos que tentamos expulsar que voltam. Arrastados. Levados. Jogados. Desperdiçados. Guardados a sete ou oito chaves. No caminho que se vê à frente. Caminhos indefinidos, infinitos nas possibilidades assustadoras. Esperança na linha do horizonte. Sorri-se. Os raios do Sol tocam a cara ferida pelo vento. Aquecem o corpo, aconchegam a alma. Céu azul. Alaranjado no pôr da sua principal estrela. O brilho do mar, como estrelas. Como milhões de caminhos. Quais percorrer? O que escolher? Por onde ir? Deixa-se ser arrastado pelo vento, pela brisa. Cepticismo no destino, por alguns. Crença na Natureza que nos leva, transporta ao desconhecido. Aos pontos de interrogação da vida. Assombrados pela dúvida. Sombra quando o Sol brilha ao se pôr. Sombras grandes, largas, frescas. Pensamentos aí divagados. Perdição. Teias. Tudo se relaciona com tudo. É um nada quando se sai da sombra. Nada passageiro. A Lua lança habilidosamente a sua sombra. Matreira. Persegue amantes que procuram o conforto no amor um do outro. Em toques e beijos secretos que só ela testemunha. Lua invejosa. Amantes que escolhem caminhos ao Luar. E os percorrem pelo Sol. Para todos verem. Nada escondem. As folhas soltam-se dos ramos para serem arrastadas pelo vento para a porta de casa dos pensamentos. Todos voltam. Nenhum é esquecido. Segredos contados aos ouvidos dos amantes, quando a Lua brilha no alto. O luar guarda as palavras relembradas no Sol. Pensamentos desperdiçados jogados no papel como palavras sem sentido. Guardados a sete ou oito chaves. Absorve o papel que ganha ao tempo. Esse injusto, que passa por nós sem nos perguntar se queremos mudar alguma coisa. Sim, dira-lhe eu. Que o vento te traga para perto de mim. Com os nossos pensamentos e sonhos. Que as folhas fiquem presas na minha janela. Que a corrente da chuva me leve até ti. Que te tragam de volta quando fores.