Sunday, April 29, 2007

our sense of right.

touch your thighs, i'm the lonely one. remember that last sweat, because that was the right one. oh all your mysteries are moving in the sun. i show some love and respect. wanna get some love and respect? baby you can see that the gazing eye won't lie. don't give up your lover tonight. cause it's just you, me and this wire, alright. let's tend to the engine tonight. oh she found a lonely sound. she keeps on waiting for time out there. oh love, can you love me babe? love, is this loving babe? is time turning around? feast your eyes, i'm the only one. control me, console me. cause that's just how it should be done. oh all your history's like fire from a busted gun. now show some love and respect. don't wanna get a life of regret. but baby you can see that the gazing eye won't lie. don't give up your lover tonight. she found a lonely sound. she keeps on waiting for time out there. oh love, can you love me babe? love, is this living babe? is time turning around? he slips into the bedroom. babe, you know me, this is alright. holding we'll make soon. will sustain us through the night. inside my bedroom baby. touch me, oh tonight. poses, we'll make some. will reveal our sense of right. you should be in my space. you should be in my life. you should be in my space. you should be in my life. you should be in my space.

narc. interpol

Thursday, April 26, 2007

happy endings

sentados lado a lado. conversa casual. ela estala os dedos das mãos, força do hábito. ele diz-lhe:
- sabes, isso faz mal.


um ano depois, estala ele os dedos das mãos. ela diz-lhe:
- sabes que isso faz mal.
riem
e adormecem abraçados.

Friday, April 20, 2007

no expectations

os olhos da alma são uns interesseiros. matreiros. só vêm o que querem. filtram a informação do mundo, os sinais, de maneira a nos agradar. enchem-nos, assim, de expectativas. desejos daquele futuro tão sonhado e desejado. porque nos agarramos às coisas boas, aos bons sinais, aos mais convenientes. os que nos interessam para a nossa projecção. onde está então o realismo? que me desampara noite após noite. como uma crente cuja única coisa que realmente tem é a sua fé. a prece não é ouvida por um Deus maior, porque a prece é dirigida a nós mesmos. mas deve haver uma razão para que só encaremos o realismo como algo negativo. aquela preparação para o pior faz sempre da resposta na ponta da língua "sou realista" que fica a pairar no ar e faz pensar. o mau é sempre garantido, o bom vem por acréscimo. e é a partir do momento em que há projecções (em que não se toma o mau como certo) que o caminho está perdido. os pés elevam-se ligeiramente do chão e por muito realismo que haja, nunca se encara as possibilidades negativas da mesma forma. essas deixam de caber nas palmas das nossas mãos, onde só há esperança e fé. e querer. querer é poder, já dizia alguém. e o realismo ai arruma-se no bolso e voltamos a fazer emergir as expectativas tão boas e brilhantes. mas e se? e se tal como o amor, também o querer não for suficiente? há alguma coisa que o seja?

Wednesday, April 18, 2007

e no fim, somos sempre nós

aquilo que mais gosto em nós não é a nossa história, porque todos acham a sua história especial. e só os "nós" por ai espalhados é que sabem da verdade da sua história. a nossa só é especial porque só nós sabemos como ela é. mas aquilo que mais gosto em nós não são os nossos beijos, porque todos os "nós" sentem borboletas no estômago e essas coisas que todos dizem. os nossos beijos são segredo. aquilo que mais gosto em nós não são as nossas mãos, porque todos os "nós" gostam de passear de mãos dadas à beira mar. não. sem dúvida, aquilo que mais gosto em nós somos mesmo nós. com um ponto final bem sublinhado. aquilo que mais gosto em nós são todas as coisas que só nós sabemos como são, sem saber muito bem como elas são. como nós, por exemplo, que viemos aqui parar por acaso.

Tuesday, April 17, 2007

happy anniversary.

desta vez guardo as palavras só para ti.

Friday, April 13, 2007

sand

got a car
got some gas
oh let's get out of here, get out of here fast
everyone's confused, so i stay in my room
if i go, i don't want to go alone
i hope you get this message
oh you're not home
i could be there in 10 minutes or so
oh i got my things
we'll make it up as we go along
oh with you i could never be alone
never be alone...


hoje teríamos um céu estrelado, amor. e o mundo nas palmas das nossas mãos.


untitled, pearl jam. live on two legs.

Monday, April 09, 2007

home?

anywhere with you I knew I was home*

é engraçado a quantidade de coisas que nos podem passar pela cabeça. quando se cria espaço e tempo para elas. quando não há tempo de mãos dadas, de sorrisos trocados no meio de beijos. pensa-se no bom real, no possível. pensa-se no mau sempre possível, sempre à espreita de um passo em falso. mas eu tento sempre manter-me no caminho certo. passo a passo. dia após dia. com esperança que o nosso destino seja o mesmo. caminhando devagar ou depressa, sempre só soubemos caminhar ao nosso ritmo. lembras-te? o nosso tempo era certo. certo um pelo outro. batíamos com a mesma frequência silenciosa do nosso maior segredo. a forma como fomos criando o nosso lar de certezas. agora os relógios param cedo. não há tempo para o nosso tempo. há só tempo de pensar e de sentir. saboreio cada palavra tua que me consigo lembrar, cada momento nosso. os sorrisos que despertas em mim. sabes as nossas mãos, amor? também tu me completas da mesma maneira. tu, meu encaixe perfeito. escolho-te a ti, amor. escolho-nos a nós. sempre.

*belong. remy zero

Friday, April 06, 2007

o até já

e depois dos preparativos, das confianças, das mãos tantas vez unidas, com força, com certeza, ver-te partir doeu tanto. que por segundos pensei que tinha ficado pregada ao chão. e tu que tinhas levado contigo as minhas forças. tu que tinhas ido. tinhas também ficado em mim, e tinhas deixado o teu amor. e com essa nova força digo-te que não gosto de te ver partir. odeio. seja de onde for. seja como for. não gosto de te ver ir embora. é que depois no caminho de regresso a casa não tinha a tua mão ao meu lado para agarrar, não te tinha ao meu lado. não te tenho aqui. e não faz mal, amor. é que nós somos tão fortes. nós não nos esquecemos. e são só três meses. e nós tão fortes.

não nos esqueças. porque eu vou-me sempre lembrar de nós.

Tuesday, April 03, 2007

quereres

confia os olhos ao oceano
mergulha a alma no mar
quando a noite não tem fim
lembra-te de mim
lembra-te de mim


in Almada Forum