Sunday, December 30, 2007

2007.



porque não caminhamos sempre lado a lado. porque não nos pertencemos sempre da maneira que nos habituámos. não fomos capazes de responder a algumas coisas, mas também não virámos costas. porque fomos deixando passar a ver se. fomos vivendo altos muito altos e baixos muito baixos. porque nos deixámos sozinhos. quase que nos deixámos perder. quase quase.


mas quando dois pares de mãos se juntam assim.


caminham lado a lado.


novamente.

e é tão bom ter-te-nos de volta, amor.




pic: 04.05.07

Friday, December 28, 2007

m.

tive dias bons, outros menos bons. tive dias maus mesmo. uns em que ri muito, outros ri pouco, outros até chorei. houve dias em que de tudo gostava. tive outros que odeei tudo. não gostava de nada. do meu canto. do quarto, digo. ou do blog. de qualquer pedaço de papel em que escrevinhava palavras meio soltas, meio presas aos meus sorrisos ou lágrimas. amarradas a mim que eu nunca me liberto mesmo delas. sou dona e senhora. tive dias em que não fui capaz de escrever meia dúzia de palavras. tive outros em que enchi páginas. tive dias em que acreditei nunca ter visto um sol mais bonito no céu. tive outros em que tudo me parecia igual, sem magia. às vezes saio de casa a soletrar uma canção. outras sou sisuda. houve dias em que flutuei, outros houve em que não podia com o peso que o ar forçava nos meus ombros. mas nunca fui capaz de me libertar de mim. é rara a vez em que não me sinta em casa dentro de mim. de quem sou. e eu transpareço. nos dias bons e nos dias maus. sou visível para quem tenha olhos na cara, ou até para quem não os tenha. gosto de pensar que isso é mentira. que consigo esconder o que sinto. mas não. não consigo. por detrás do meu sorriso estou eu. sempre.

Wednesday, December 26, 2007

m + r

it's not just a fairytale (*)


um dia ela acreditou e foi até ao fim.



(*) pink love. blonde redhead

Monday, December 24, 2007

21.

obrigadas :)

e obrigada *

Monday, December 10, 2007

*

faltam-me os boas noites e os bons sonhos. de resto não me falta nada porque arranjas sempre um jeito de te fazeres presente. é dezembro. para mim, é mês de análise. final do ano. gosto de analisar o que se passou. gosto de pensar no bom e no mau que tirei do ano. mas agora, pelo menos, só consigo pensar no sorriso que vejo nos teus lábios e sentir aqueles que deixas nos meus.

de momento, somos só nós.

e gosto tanto assim.

Friday, November 30, 2007

amo-te-nos

"E de repente o sossego, a paz nos nossos corações atribulados, o alívio de por fim nos termos encontrado."

amor portátil. pedro paixão

Wednesday, November 28, 2007

#17
















hold me like this for a hundred thousand million days...



from the edge of the deep green sea. the cure

Sunday, November 18, 2007

#16















i will surprise you sometime
i'll come round
when you're down...

Interpol. untitled


[waiting]


Friday, November 16, 2007

my edge.

I wish I could live free I hope it's not beyond me Settling down it takes time One day we'll live together And life will be better I have it here, yeah, in my mind Baby, you know someday you'll slow And baby, my heart's been breaking. I gave a lot to you I take a lot from you too You slave a lot for me Guess you could say I gave you my edge But I can't pretend, I need to defend some part of me from you I know I've spent some time lying I can't pretend I don't need to defend some part of me from you I know I've spent some time lying You're looking all right tonight I think we should go.

interpol. the new (ali ao cantinho)

Tuesday, November 06, 2007

#15

we'll do it all
everything
on our own








would you?




imagem: kurt halsey
música: chasing cars, snow patrol

.

haja falta de concentração.



cabeça cheia.

Sunday, October 28, 2007

anywhere with you i knew i was home

they thought we were crazy
we were so strong
together
this world you gave me
i thought we'd go on
forever
ain't that strange?
i know we'll always belong
together
all these things i hoped would never change

remy zero. belong


(tenho um feeling que esta música já apareceu por aqui antes e que uma nota parecida com esta também surgiu no final do post. era só para avisar que os verbos estão no passado, mas isso é só porque a música é assim. ok? ;))

#14

you caught me.
of course i did.
but i would have been fine.
i know you can heal, claire. but i never wanna see you hurt.


heroes. the kindness of strangers

Sunday, October 21, 2007

#13

i wish i was the you in your thoughts, the way you are the you in mine.


Sunday, October 14, 2007

#12

isto,



ainda. até


Sunday, October 07, 2007

#11

when will you kidnap me again?


Friday, October 05, 2007

#10

the more things change, the more they stay the same.


grey's anatomy. a change is gonna come

Sunday, September 23, 2007

amor igual.

há noites em que sim. numa mistura de coisas. esconder-me para ouvir a tua voz, como se já não a ouvisse há tempo tento. hábitos, parece-me. um certo tremer de mãos que não se perdeu no tempo recomposto, renovado, recuperado, desejado. pensar no que será que a tua voz vai levar até ao meu ouvido. acho estranho quando me procuras. quando tens os mesmos quereres que eu, como se fôssemos amor igual. coisa que é impossível. cada qual tem a sua maneira. mas há noites em que me parece que somos amor igual. nas mesmas medidas incertas de mudanças de estação. tudo feito num minuto que sucede ao outro. um certo tremer de mãos que permanece no ouvir da tua voz. o nervosismo de quando não se sabe o que se espera. porque o minuto a seguir é imprevisível. nas nossas mãos que se encontram fechadas. abrem-se baixinho, sem incomodar outros que o segredo delas sempre só a nós nos disse respeito. e guardamo-lo entre as nossas palmas. é estranho quando és tu que me procuras. não estou habituada a ti, nunca estive. a tua familiaridade sabe-me sempre a algo novo. nas surpresas que são naturais e surpreendem pela sua naturalidade. e as coisas que nunca foram ditas? as palavras que por muito repetidas não se gastam entre nós? ficaria uma noite inteira escondida do mundo para ouvir a tua voz no meu ouvido. para sentir que hoje ainda é o que foi há tempos. parece que te descubro todos os dias. parece que me olhas sempre de uma maneira familiarmente diferente. hoje parecemos feitos de um amor igual.

Friday, September 21, 2007

#9

the honeymoon couple had their heads together over their table. the man, smoothly handsome, in what cropper recognised as a christian dior wool and cashmere jacket in dark peacock, took their joined hands to his mouth and kissed the inside of the girl's wrists. she wore an ivory silk shirt, displaying an amethyst necklace on a smooth throat, above a purple skirt. she caressed her partner's hair, evidently in that obsessive and compulsive state that excludes, for brief periods of human lives, all consciousness of other observers.


possession, a.s. byatt

Saturday, September 08, 2007

endless

porque somos bons nesta coisa de nos amarmos. com segredos e manhas que mal sabemos que as temos e juntos vamos descobrindo. porque uma mão acalma a outra e despede-se dela sem nunca mais dizer adeus. porque os lábios quando se tocam aproximam a alma e nós somos bons nesta coisa de nos amarmos. aprendemos juntos. por aqueles caminhos e outros. fomos indo. por onde nos levavam os nossos pés. ou as nossas mãos que eram arrastadas pela outra tal o desejo de proximidade. porque a mão aperta a outra, asfixia os dedos, corta a circulação só para não haver dúvidas, que agora já não são bem vindas. porque somos bons nesta coisa de. fomos juntos por areia e alcatrão, pedra de calçada e cimento, água e ar. fomos indo. porque onde nos levavam os nossos lábios que teimam em seguir os lábios do outro. porque o olhar prende-se naquela cumplicidade que fomos aprendendo juntos, naquela certeza que já se sabe como é. é ainda. porque somos bons nesta coisa. fomos indo. de olhos fechados e semi-cerrados. é que os lábios não se descolavam e nós íamos indo. por ai. às cegas e apalpadelas para ver quem éramos. e para sentir o que somos. aprendemos juntos. a descoberta de. fomos indo por ai. pode ser que. porque a pele sente-se em casa. aconchega a alma. sente-se viva. sente-se completa. porque somos bons. fomos indo por caminhos em aberto, uns conhecidos, outros não. mas íamos. de mãos dadas e olhos semi-cerrados. há vícios que compensam. fomos indo lado a lado para parar em algum lado. parámos aqui, nem a metade do caminho que nos espera. vamos ainda indo. é melhores abrires tu os olhos que os meus lábios não te vão largar. porque somos bons nesta coisa de nos amarmos.



Sunday, September 02, 2007

olha olha...


I'm a Hippie Yogi!


A Hippie Yogi

When you're not doing yoga or marching in protests, you divide your time between
hugging trees and flashing peace signs at people you don't know. You truly
care about the world around you and take action to make it a better place for
everyone to enjoy--including your furry friends. You're warm, welcoming,
and a lot of fun.


Be careful, however, not to let your dedication to your cause alone determine your
actions--take time for yourself every now and then, too. Everything in moderation
will make you more balanced in your yoga practice and in your life.

Take the Yoga Journal Yoga Snob Quiz!



hehe

Thursday, August 23, 2007

wanna bet?

a história começou há quase 21 anos atrás, quando naquele pedaço de terra se plantou uma palmeira, que cresceu, cresceu e hoje (finalmente, para uns, indiferente, para outros) foi deitada abaixo. e ficámos então com um belo pedaço de terra, que como é óbvio não podia ficar assim, sendo apenas um pedaço de terra. não é isso que diz a tradição dos calado, então vamos de enfeitar (pôr ali coisas para o cão não fazer buracos, dizem os pais) o dito pedaço de terra. as filhas sentadas nas escadas a observar a cena pensam "quanto tempo achas que demora até o pai acimentar o buraco?" palavra puxa palavra e houve quem até fosse buscar um caderno (eu, vá) e escrever as apostas feitas, que foram as seguintes. clara, a irmã, aposta 10 anos, mas eu apostei 15 anos. já o guilherme, ainda ingénuo, apenas apostou 1 ano. até lá (não sabemos quando, apesar do sr. zézinho já ter ameaçado de "olha que é já amanhã"), ficamos com aquele pedaço de terra assim enfeitado.

digam lá que não parece um quadro? ;) :P

Friday, August 17, 2007

top secret


let's.


Saturday, August 04, 2007

...#8

your heart makes me feel
your heart makes me moan
for always and ever
i'll never let go


pioneer to the falls. interpol


Friday, July 27, 2007

...#7

it's always have and never hold
you've begun to feel like home
what's mine is yours to leave or take
what's mine is yours to make your own




the fray. look after you

Tuesday, July 24, 2007

...#6

I was so lost, I thought I was going to fall to pieces.
And now you trust me.
You're not going to let me down. And I'm not going to let you down. We both know that.
What else do we know?
Nothing. That's why we're sitting together in this car now. Because we're the same, and because we don't know a damn thing other than that.



The Book of Illusions, Paul Auster

Thursday, July 19, 2007

waiting for something else

arrombar as gavetas do passado é, sem dúvida, das piores ideias. responde a demasiadas perguntas. enche o peito. e traz sorrisos. daqueles. mas permanecem ali no passado. as tralhas remexidas mil e uma vezes. as tralhas de sabor doce. tão doce. que faz acentuar os pequenos amargos da boca. gostava eu das surpresas a meio da noite que entravam em mim por palavras que nunca pensei vir a ouvir ou ler. gostava eu de sentimentos explorados, explicados. ideias desafiadas. um falar emotivo. pleno de. havia chão firme para pisar de olhos fechados. havia razões. motivações. interesses. interesses demonstrados. pedidos de explicação. havia. magias. magia. no final da noite guarda-se tudo numa gaveta. não pertencem a este mundo. não hoje. talvez nunca mais. talvez. a minha present tense tornou-se uma mistura tão confusa de pretéritos. que hoje abro a gaveta para desejar por minutos o meu peito novamente tão cheio.


bitter. remy zero

Tuesday, July 10, 2007

esta gente e a mania dos títulos...

as palavras que se fazem acompanhar por imagens mentais, como esta. quem nunca fez isso? a verdade é que a sensação permanece porque pura e simplesmente lembramo-nos dela. sabemos como é que ela nos faz sentir. os arrepios na pele, como os dedos que se tocam com aquele nervoso miudinho. e agora? se deixamos a areia cair das nossas mãos, quando lhe tocamos já temos a noção do que vamos sentir se voltarmos a fazer o mesmo, certo?


exacto.


p.s. oh luissssssss desculpa ter roubado a tua imagem...

Sunday, July 08, 2007

try detect you when i'm sleeping

enquanto ela o sente adormecer ao seu lado, olha para o tecto e pensa é bom estar(mos) de volta.



stella was a diver and she was always down. interpol



Thursday, July 05, 2007



amo-te


Saturday, June 30, 2007

...#5

there's a place i see you follow me
just a taste of all that might come to be
i'm alone but holding breath you can breathe

please let me stay
caught in your way
i can live forever here


forget it. breking benjamin

Wednesday, June 27, 2007

...#4

let's waste time...


chasing cars. snow patrol

Tuesday, June 26, 2007

cenas

o caminho (ainda) é feito a dois. passos pequeninos e ainda incertos os meus. tanta vontade de nós que nem sei para onde me virar. erro meu. erro meu. saudades do que foi. e talvez do que está para vir. das palavras trocadas sobre o que ainda não vivemos, das palavras trocadas sobre o que ainda temos para dar guardo a dúvida. a dúvida da tua parte. que de mim cuido eu. cuido eu de saber que não virás. não vens. não vens. (repito-o vezes sem conta) não vens porque já não é assim que funciona. já não é assim que me tens. tens-me não sei como. mas tens. e já não vens. só porque sim, para não haver dúvidas. não, agora já não vens. (repito repito repito) já o sei de cor. menos a ti. agora. não conheço os teus passos e caminho à toa. com a mera confiança que me saberás guiar. mas caminho para algum lado. e também não dirás. não dirás porque já não. e eu. a acreditar em alguma coisa. por nós. enquanto conseguir. eu. à toa. quando a janela fica aberta e eu de braços tão abertos e de peito tão cheio, que parece transbordar e ficar derramado no chão. que tu parece que não apanhas. eu com tanto em mim, e sem maneira de escoar. um tanto tão grande que chega a parecer errado de se sentir tão sozinho. chega a sentir-se mal de ser. por enquanto sente-se. com esperança de alguma coisa. e desejos de nós. ou qualquer coisa assim. porque agora parece que há palavras que se fazem acompanhar por pontos de interrogação. mas procuro-nos. e encontro-nos e é ai que reside a minha fé em nós. quando sabemos ser nós. e quando mais do que os meus lábios, são os meus olhos que sorriem jutamente com os teus.

Sunday, June 24, 2007

teach each other to reciprocate

já me esquecia de como conseguimos ser tão bons juntos.


leif erikson. interpol

Thursday, June 21, 2007

...#3

se soubesse voar, já tinha voado de mim para fora.

Wednesday, June 20, 2007

...#2

ah e longe de mim querer incomodar.


a mais já eu me sinto.

note to self.

o truque é:

não fazer perguntas
não fazer perguntas
não fazer perguntas
não fazer perguntas
não fazer perguntas
não fazer perguntas
não fazer perguntas


pronto.

Friday, June 15, 2007

reciprocate

you come here to me
we'll collect those lonely parts and set them down
you come here to me


leif erikson. interpol

Thursday, June 14, 2007

untitled nº9

há uma coisa a que me agarro. nunca houve felicidade maior. nunca houve amor mais completo, mais feliz. nunca houve um outro que me tenha feito sentir como senti. com vontade de fugir. nunca houve outros braços que me abraçassem para não haver dúvidas. nunca houve melhores palavras de amor e de carinho. nunca estive tão certa de alguém. nunca me dei a alguém assim. havia uma outra coisa ali que eu nunca soube explicar e que estava tão certa. era eu, essa coisa que fazia olhos brilhar e lábios sorrir. era eu. eu era tão certa naquele quadro. era eu que estava ali e agora não sei bem onde estou. nem para onde vou. caminho vendada. não sei se espero de volta o que tive, se não é justo esperar (mais). sei que aceito. porque não me faz sentido de outra maneira.

the other side of misery

não houve melhor certeza. mesmo que temporária. porque os buracos na estrada parecem-me cada vez maiores e eu nem sempre sei se quero seguir essa estrada esburacada. nunca fui boa a lidar com más sensações. nunca fui.


fluorescein. abandoned pools

Tuesday, June 12, 2007

finalmente

he slips into the bedroom
babe, you know me, this is alright
holding we'll make soon
will sustain us through the night
inside my bedroom, baby
touch me, oh tonight
poses, we'll make some
will reveal our sense of right.


narc. interpol

Saturday, June 09, 2007

just for me

there's a corner of your heart
for me

there's a corner of your heart
just for me

i will pack my bags
just to stay in the corner of your heart
just to stay in the corner of your heart
there is room beneath your bed
for me

there is room beneath your bed
just for me

i will leave this town
just to sleep underneath your bed
just to sleep underneath your bed
there's one minute of your day
there's one minute of your day
there's one minute of your day
i will leave this man
just to occupy one minute of your day
just to occupy one minute of your day
just to sleep underneath your bed
just to stay in the corner of your heart.



imagem: kurt halsey.
corner of your heart. ingrid michaelson
(ali no sitio da música)

Friday, June 08, 2007

cromices

começa-se o dia com uma sensação de orgulho que é uma coisa boa. de encher o peito mesmo. orgulho com letra maiúscula. pela força que demonstramos ter por aqueles que amamos. que não queremos perder. que nos sabem tão bem, tão bem que. começa-se o dia com um orgulho de nós que enche o corpo. mesmo mesmo.


parva =) *

Wednesday, June 06, 2007

maybe maybe maybe

maybe it will be alright.

*ri-se descontroladamente*


maybe.


private joke.

interpol. take you on a cruise

Tuesday, June 05, 2007

and this is where i am (*)

ainda não sei.

e continuo a não estar aqui. está-se melhor lá.


(*) the fray. hundred

Sunday, June 03, 2007

balança

há e possivelmente haverá sempre coisas a pesar-me.
mas por enquanto o nosso amor ainda me pesa mais.
muito mais.

Thursday, May 31, 2007

moments of happiness (*)

e o tempo que volta para trás. naqueles minutos são flashes. e não passam disso. recordações de um tempo algures no tempo. um tempo maior que eu. e não passam disso. de uma não-materialização. o desejo, esse fica suspenso.
à espera.
à espera.
à espera.
num tique-taque ensurdecedor.

à espera.

(*) srxt. bloc party

Sunday, May 27, 2007

i've got this feeling...

i've got this feeling that there's something that i missed
(i could do most anything to you...)
don't you breathe
something happened that i never understood
you can't leave
every second, dripping off my fingertips
wage your war
another soldier, says he's not afraid to die
well i am scared
in slow motion, the blast is beautiful
doors slam shut
a clock is ticking, but it's hidden far away
safe and sound

somewhere a clock is ticking. snow patrol
no cantinho da música.

Friday, May 25, 2007

pequeno esclarecimento


vamos lá esclarecer uma coisa. não é que acredite em contos de fada propriamente ditos. acredito é em nós.

Wednesday, May 23, 2007

untitled nº8

tenho o pensamento cheio de ti. de nós. tenho imagens em rodopio constante que não me deixam cair na tentação de temer. tenho um peito apertado apertado da falta que me fazes. perco um bocadinho do rumo sem a tua mão. é que a tristeza parece maior e a alegria não sabe a alegria. e tenho o pensamento tão cheio de noites em claro. o aperto espera por ti para deixar de o ser. stand-by. a minha cabeça cansou-se de ser suportada pela minha mão. o cansaço pesa muito já, e a minha mão fartou-se de suportar a minha cabeça. curioso. não é palavras que procuro. o conforto delas é falso, passageiro. é presença que quero. no silêncio tão mais reconfortante e verdadeiro. aquele que dura depois do momento acabar. porque mais tarde as palavras voam da memória, mas o momento não. a sensação de pertença não. tenho o pensamento cheio de dias contigo. de dias sem ti. i choose us. rodopio constante. o corpo está cansado de suportar este peso sozinha. e a alma pesa mais que aquilo que o corpo pode suportar. oh, amor não me entendas mal, não falo de coisas más. falo das boas também, que são tão melhores partilhadas contigo e o teu sorriso. e eu estou aqui à nossa espera. standing still. à espera de.

pertencer a ti.


Thursday, May 17, 2007

she found a lonely sound (*)

dias destes, é vê-los passar ao lado.

(*) narc, interpol

Friday, May 11, 2007

kiss me

"if anything, i would say that we were falling so fast and so far that nothing could catch us. again, i lapse into metaphor. but that is probably beside the point. for whether or not i can talk about it does not change the truth of what happened. the fact is, there never was such a kiss, and in all my life i doubt there can ever be such a kiss again."


the new york trilogy, paul auster

Wednesday, May 09, 2007

you are

do not get me wrong, i cannot wait for you to come home
for now you're not here and i'm not there, it's like we're on our own
to figure it out, consider how to find a place to stand
instead of walking away and instead of nowhere to land.
this is gonna break me clean in two
this is gonna bring me close to you.
she is everything i need that i never knew i wanted
she is everything i want that i never knew i needed.
it's all up in the air and we stand still to see what comes down
i don't know where it is, i don't know when, but i want you around
when it falls in place with you and i, we go from if to when
your side and mine are both behind its indication.
this is gonna bring me clarity
this'll take the heart right out of me.
she is everything i need that i never knew i wanted
she is everything i want that i never knew i needed.
this is going to bring me to my knees
i just want to hold you close to me.
she is everything i need that i never knew i wanted
she is eveything i want that i never knew i needed.

she is. the fray
(no cantinho da música)


untitled nº 7


and they lived happily ever after...

Friday, May 04, 2007

x marks the spot

na praia dos sonhos tornados realidade. um par de pegadas. e bocadinhos de vidro partido, porque todos temos noites menos boas. todos temos as nossas faltas de confiança. certo? mesmo os mais confiantes podem vacilar. até esses têm direito a noites menos boas. e tão inesperado que a manhã seguinte aguarda com novas palavras, ideias. raiva também. um bocadinho. guardam-se os sonhos no bolso, ao lado do telemóvel que já não vai tocar mais, e levam-se os olhos pelos caminhos incertos da memória. e espera-se. espera-se. espera-se. compasso certo. guardo-nos no bolso, amor, ao lado dos nossos sonhos pendentes. caminhos incertos dos segredos que nunca nos fizeram falta. não fazem. não se quer aqui essas coisas, ficam à porta. têm de ficar, porque a porta é demasiado estreita e só há passagem para um. era só um par de pegadas, amor, na praia dos sonhos tornados realidade, mas o amor é sempre a dois. sempre eu mais tu.

foto minha.

Tuesday, May 01, 2007

música assim à vontade.

numa visita aqui, descobri isto.

pelos vistos podemos fazer o upload das nossas músicas e eles oferecem (sim, porque é grátis) o código para podermos postar. achei interessante pôr o anúncio :)

quem sabe agora até eu me meto nessas "musicalidades".

Sunday, April 29, 2007

our sense of right.

touch your thighs, i'm the lonely one. remember that last sweat, because that was the right one. oh all your mysteries are moving in the sun. i show some love and respect. wanna get some love and respect? baby you can see that the gazing eye won't lie. don't give up your lover tonight. cause it's just you, me and this wire, alright. let's tend to the engine tonight. oh she found a lonely sound. she keeps on waiting for time out there. oh love, can you love me babe? love, is this loving babe? is time turning around? feast your eyes, i'm the only one. control me, console me. cause that's just how it should be done. oh all your history's like fire from a busted gun. now show some love and respect. don't wanna get a life of regret. but baby you can see that the gazing eye won't lie. don't give up your lover tonight. she found a lonely sound. she keeps on waiting for time out there. oh love, can you love me babe? love, is this living babe? is time turning around? he slips into the bedroom. babe, you know me, this is alright. holding we'll make soon. will sustain us through the night. inside my bedroom baby. touch me, oh tonight. poses, we'll make some. will reveal our sense of right. you should be in my space. you should be in my life. you should be in my space. you should be in my life. you should be in my space.

narc. interpol

Thursday, April 26, 2007

happy endings

sentados lado a lado. conversa casual. ela estala os dedos das mãos, força do hábito. ele diz-lhe:
- sabes, isso faz mal.


um ano depois, estala ele os dedos das mãos. ela diz-lhe:
- sabes que isso faz mal.
riem
e adormecem abraçados.

Friday, April 20, 2007

no expectations

os olhos da alma são uns interesseiros. matreiros. só vêm o que querem. filtram a informação do mundo, os sinais, de maneira a nos agradar. enchem-nos, assim, de expectativas. desejos daquele futuro tão sonhado e desejado. porque nos agarramos às coisas boas, aos bons sinais, aos mais convenientes. os que nos interessam para a nossa projecção. onde está então o realismo? que me desampara noite após noite. como uma crente cuja única coisa que realmente tem é a sua fé. a prece não é ouvida por um Deus maior, porque a prece é dirigida a nós mesmos. mas deve haver uma razão para que só encaremos o realismo como algo negativo. aquela preparação para o pior faz sempre da resposta na ponta da língua "sou realista" que fica a pairar no ar e faz pensar. o mau é sempre garantido, o bom vem por acréscimo. e é a partir do momento em que há projecções (em que não se toma o mau como certo) que o caminho está perdido. os pés elevam-se ligeiramente do chão e por muito realismo que haja, nunca se encara as possibilidades negativas da mesma forma. essas deixam de caber nas palmas das nossas mãos, onde só há esperança e fé. e querer. querer é poder, já dizia alguém. e o realismo ai arruma-se no bolso e voltamos a fazer emergir as expectativas tão boas e brilhantes. mas e se? e se tal como o amor, também o querer não for suficiente? há alguma coisa que o seja?

Wednesday, April 18, 2007

e no fim, somos sempre nós

aquilo que mais gosto em nós não é a nossa história, porque todos acham a sua história especial. e só os "nós" por ai espalhados é que sabem da verdade da sua história. a nossa só é especial porque só nós sabemos como ela é. mas aquilo que mais gosto em nós não são os nossos beijos, porque todos os "nós" sentem borboletas no estômago e essas coisas que todos dizem. os nossos beijos são segredo. aquilo que mais gosto em nós não são as nossas mãos, porque todos os "nós" gostam de passear de mãos dadas à beira mar. não. sem dúvida, aquilo que mais gosto em nós somos mesmo nós. com um ponto final bem sublinhado. aquilo que mais gosto em nós são todas as coisas que só nós sabemos como são, sem saber muito bem como elas são. como nós, por exemplo, que viemos aqui parar por acaso.

Tuesday, April 17, 2007

happy anniversary.

desta vez guardo as palavras só para ti.

Friday, April 13, 2007

sand

got a car
got some gas
oh let's get out of here, get out of here fast
everyone's confused, so i stay in my room
if i go, i don't want to go alone
i hope you get this message
oh you're not home
i could be there in 10 minutes or so
oh i got my things
we'll make it up as we go along
oh with you i could never be alone
never be alone...


hoje teríamos um céu estrelado, amor. e o mundo nas palmas das nossas mãos.


untitled, pearl jam. live on two legs.

Monday, April 09, 2007

home?

anywhere with you I knew I was home*

é engraçado a quantidade de coisas que nos podem passar pela cabeça. quando se cria espaço e tempo para elas. quando não há tempo de mãos dadas, de sorrisos trocados no meio de beijos. pensa-se no bom real, no possível. pensa-se no mau sempre possível, sempre à espreita de um passo em falso. mas eu tento sempre manter-me no caminho certo. passo a passo. dia após dia. com esperança que o nosso destino seja o mesmo. caminhando devagar ou depressa, sempre só soubemos caminhar ao nosso ritmo. lembras-te? o nosso tempo era certo. certo um pelo outro. batíamos com a mesma frequência silenciosa do nosso maior segredo. a forma como fomos criando o nosso lar de certezas. agora os relógios param cedo. não há tempo para o nosso tempo. há só tempo de pensar e de sentir. saboreio cada palavra tua que me consigo lembrar, cada momento nosso. os sorrisos que despertas em mim. sabes as nossas mãos, amor? também tu me completas da mesma maneira. tu, meu encaixe perfeito. escolho-te a ti, amor. escolho-nos a nós. sempre.

*belong. remy zero

Friday, April 06, 2007

o até já

e depois dos preparativos, das confianças, das mãos tantas vez unidas, com força, com certeza, ver-te partir doeu tanto. que por segundos pensei que tinha ficado pregada ao chão. e tu que tinhas levado contigo as minhas forças. tu que tinhas ido. tinhas também ficado em mim, e tinhas deixado o teu amor. e com essa nova força digo-te que não gosto de te ver partir. odeio. seja de onde for. seja como for. não gosto de te ver ir embora. é que depois no caminho de regresso a casa não tinha a tua mão ao meu lado para agarrar, não te tinha ao meu lado. não te tenho aqui. e não faz mal, amor. é que nós somos tão fortes. nós não nos esquecemos. e são só três meses. e nós tão fortes.

não nos esqueças. porque eu vou-me sempre lembrar de nós.

Tuesday, April 03, 2007

quereres

confia os olhos ao oceano
mergulha a alma no mar
quando a noite não tem fim
lembra-te de mim
lembra-te de mim


in Almada Forum

Thursday, March 29, 2007

até ao fim.

eu e tu, amor. é assim que a nossa história é feita. nós os dois em cada um de nós. longe. perto. sempre nós, amor. lado a lado. passo a passo. somos feitos de vontades. um do outro. até ao fim.

Monday, March 19, 2007

D&G

Greg: It's scary...30 years ago my mother and father stood in front of a minister and said the exact same words we just did, and look at them.

Dharma: That won't happen to us. I, Dharma Freedom Finkelstein promise to never ever become my mother...

Greg: Or my mother.

Dharma: Like that's possible!

Greg: I, Gregory not-saying-the-middle-name Montgomerry promise that I will not bottle up my feelings for 30 years and spew them like a volcano at our children's wedding.

Dharma: Ohh that's a good one. Okay, I promise to always let you be you and me be me...

Greg: Thank you...

Dharma: As long as every now and then we get to get naked and switch.

Greg: Ahh... okay... And do you promise to always look at me with that light in your eyes?

Dharma: nods And do you promise to always brush my hair off my face like that?

Greg: Yes...

kiss

Dharma: And kiss me like that?

kiss

Greg: You make me feel like the luckiest man on the world...

kiss


Sunday, March 18, 2007

at all.

em repeat:

no ouvido. chasing cars, snow patrol.
no pensamento. nós.


would you?

Saturday, March 17, 2007

untitled nº 6



saudade.


Friday, March 16, 2007

counting down the days

you were right. and i don't wanna be here, if you're gonna be there. was that supposed to happen? i'll hold tight. i'll remember to smile though it has been a while. and without you does it matter? there's no room, no place to start, when our souls are apart. i wanna travel through time, see your surprise, hold you so tight. i'm counting down the days. tonight i just wanna be a million miles away from here. i'm counting down the days. how've you been? it's just the usual here, and days are feeling like years, and every day's without you. now i cry just a little too much, when i think of your touch and everything about you. i feel cold, i'm in the dark when our souls are apart. i wanna travel through time, see your surprise, hold you so tight. i'm counting down the days. tonight i just wanna be a million miles away from here. i wanna travel through time, see your surprise, hold you so tight. i'm counting down the days. tonight i just wanna be a million miles away from here. i'm counting down the days. i'm counting down the days. i'm counting down the days.


counting down the days. natalie imbruglia

Sunday, March 11, 2007

...

sooner ot later
your legs give away, you hit the ground
save it for later
don't run, don't let me down
sooner ot later
you hit the deck, you get found out
save it for later
don't run away, don't run away, don't let me down
don't run away, don't run away, don't let me down
don't run away, don't run away, don't let me down
don't run away
don't run away
don't run away
don't run away
don't run away
don't run away
don't run away
don't run away
don't run away
don't run away
don't run away
run away, run away, run away, run away, run away, run away, run away, run away, run away...
don't let me down
don't let me down
don't let me down


original: save it for later, the english beat; cover: pearl jam

Wednesday, March 07, 2007

just for one thing.

lembro-me que estavas de saída, mas a próxima música foi one thing, dos finger eleven. decidiste ficar até ao final da música. se eu a puser sempre a tocar, ficas aqui comigo para sempre?


[one thing. finger eleven.]

Friday, February 16, 2007

there is no if... (*)

foi numa noite em que o nosso "até amanhã" e o "boa noite" me souberam a pouco. ficaram a ecoar no nosso quarto escuro e eu achei que lhes faltava qualquer coisa. foi assim que soube que te amava, amor. quando ficou algo por dizer. e fiquei com a palavra presa na garganta. "até amanhã". e adormeci enrolada em ti com aquela certeza-nervoso miudinho. o acordar a teu lado, sempre tão bom, perfeito na nossa preguiça e vontade um do outro. e eu amei-te nesse "bom dia". era mais do que to dizer, era tu saberes. era chegar àquela fase em que as palavras já não são mais que um complemento daquilo que já se sabe. era isso que era. eu queria que tu soubesses que te amava. queria que soubesses que te queria, que te desejava em todas as medidas do amor e do desejo. queria que soubesses que me tinha perdido em ti. queria que conseguisses traduzir os sorrisos e os olhares que te lançava. que entendesses o que significava quando apertava a tua mão na minha. queria dizer-te que me completavas na medida do amor, do desejo e do sonho. hoje, amor, não gosto que passes um dia sem me ouvires dizer que te amo. é que os meus olhos, amor não podem cair em ti, nem te posso lançar sorrisos. então digo-te, muitas vezes. e há tanto que se diz nessa palavra e tanto que fica por dizer. não te digo, por exemplo, que não precisamos de palavras senão agora que não temos os nossos gestos, que não temos a mão um do outro para apertar. mas juntos, amor, não precisamos de mais nada a não ser a presença um do outro. e quando te digo que espero, não digo as vezes suficientes. é que hoje, amor, debrucei-me na janela de onde te vi partir e dei por mim a ver-te de novo. a dizeres-me adeus, ou até já. enquanto dizias que me amavas. e eu dizia que te amava. enquanto ias, eu sorria e ficava destruida por dentro. hoje, amor, debrucei-me na janela e senti os olhos a humedecerem. e nesse momento quis dizer que te amava, que espero o tempo que for preciso. é que tu, amor, completas-me na medida do amor, do desejo e do sonho.


(*) the cure. there is no if...

Thursday, February 15, 2007

... cause i love you lots

no fim tudo se resumia à falta que ele lhe fazia. nas mãos que ela sentia sempre vazias, distantes das deles. sem ter outro par de mãos para agarrar, sem ter um corpo para sentir. era a falta de ter alguém com quem partilhar aquelas alegrias e aquelas tristezas. no acordar e saber que não ia ver a cara dele e por isso recordar (sempre, sempre) as expressões dele. fechar os olhos e saber o sorriso dele de cor, a expressão do seu olhar, o tom da sua voz a cada frase que ele lhe sussurrava ao ouvido, enquanto as mãos deles permaneciam entrelaçadas. unidas. porque eles próprios permaneciam entrelaçados um no outro. naquele amor que só eles sabiam que tinham e que guardavam só para eles. era o maior dos segredos esse amor. e ela que tanto gostava de se aninhar no peito dele. ele que se entretia a mexer no cabelo dela. eram a combinação perfeita, eles. e havia noites em que ouvir a voz dele lhe partia o coração, em que ela só queria poder tê-lo por perto para tomar conta dele, mesmo sabendo que ele não precisa. no fim tudo se resumia à falta que ela sentia de o acariciar, de lhe dizer que o amava cara a cara. e de o beijar. de o beijar muito. de sentir a pele dele na dela. eram a combinação perfeita, eles. e acreditavam. acreditavam muito.

Saturday, February 10, 2007

never say goodbye.

evertime we do this i fall for her. wave after wave after wave it's all for her. i know this can't be wrong, i say. (and i'll lie to keep her happy) as long as i know that you know that today i belong right here with you. right here with you. and so we watch the sun come up from the edge of the deep green sea. and she listens like her head's on fire. like she wants to believe in me. so i try put your hands in the sky. surrender. remember. we'll be here forever. and we'll never say goodbye. i've never been so colourfully-see-through-head before. i've never been so wonderfully-me-you-want-some-more. and all i want is to keep it like this. you and me alone. a secret kiss. and don't go home. don't go away. dont' let this end. please stay not just for today. never never never never never let me go, she says. hold me like this for a hundred thousand million days. but suddenly she slows and looks down at my breaking face. why do you cry? what did i say? but it's jut rain i smile. brushing my tears away. i wish i could just stop. i know another moment will break my heart. too many tears. too many times. too many years i've cried over you. how much can we use it up? drink it dry? take this drug? looking for something forever gone but something we will always want? why why why are you letting me go? she says. i feel you pulling back. i feel you changing shape. and just as i'm breaking free she hangs herself in front of me. slips her dress like a flag to the floor and hands in the sky. surrenders it all. i wish i could just stop. i know another moment will break my heart. too many tears. too many times. too many years i've cried over you. it's always the same. wake up in the rain. head in pain. hung in shame. a different name. same old game. love in vain. and miles and miles and miles and miles away from home again.



the cure. from the edge of the deep green sea
imagem: kurt halsey


amo-nos.

Friday, February 02, 2007

within reach.

o bom de se terem cordas de material resistente é a sua força. elas não cedem às adversidades. essas coisas de tempo e de espaço. transformam-nas em ninharias. não desfiam. mantém-se fortes e se alguém de algum dos lados a puxar, ela não se parte. recebem-se as suas vibrações de saudade e de amor. o bom das cordas resistentes é ansiar por quem está a segurar do outro lado. à espera, tal como nós. que segura e cuida da ponta que lhes pertence. à espera do encaixe perfeito daquelas mãos que parece que foram feitas para andar sempre juntas. até lá, standing still. em modo de espera. o bom do material resistente é que às vezes ele dura uma vida.



a música: love show, skye.
a série: grey's anatomy.
a imagem: kurt halsey.

Monday, January 29, 2007

a tua ausência...dói-me...

a tua ausência é. em cada momento a tua ausência.
não esqueço que os teus lábios existem longe de mim,
aqui há casas vazias. há cidades desertas. há lugares.

mas eu lembro que o tempo é outra coisa, e tenho
tanta pena de perder um instante dos teus cabelos.

aqui não há palavras. há a tua ausência. há o medo sem os
teus lábios, sem os teus cabelos. fecho os olhos para te ver
e para não chorar.


José Luís Peixoto

Saturday, January 27, 2007

lançados ao vento.

sabes amor, hoje é sábado. dia de sermos fugitivos e de estarmos juntos no sítio do costume. hoje é sábado, amor, e não é dia de estarmos juntos. sabes que me lembro do tremer da vela enquanto me falavas das nossas mãos e como elas encaixavam? sabes que me lembro do que me disseste? e lembro-de de quando foste embora, desenhando corações no ar. como quem quer deixar bem claro que. e que. porque nós esperamos. e porque promessas não se quebram. sabes que tremi ao falar contigo? e que tremo quando me falas com palavras bonitas e nossas? e balançam-me lágrimas nos olhos, e não sei o que fazer com as minhas mãos tão vazias. tão sozinhas. e depois, sorrio. porque mesmo longe, amor, mesmo longe somos tão um do outro. nas noites que custam a passar. nos caminhos em que te procuro. sempre à tua procura, como se fosse possível apareceres de repente. e vou-te desenhando nos olhos da minha imaginação. sorris para mim. e dizes que amas. eu respondo-te de volta. e lanço-te corações no ar com esperança que os agarres e não me esqueças.



não esqueces?

Thursday, January 25, 2007

come back...

if i keep holding out, ... will the night shine through? under this broken roof, it's only rain that i feel. i've been wishing out the days... ohhhh come back. i have been planning out all that i'd say to you. since you slipped away... know that i still remain true... i've been wishing out the days... please say that if you hadn't of gone now i wouldn't have lost you another way. from wherever you are... ohhhh come back. and these days, they linger on. and in the night, as i'm waiting on the real possibility i may meet you in my dream, i go to sleep. if i don't fall apart, ... will the memories stay clear? so you had to go... and i had to remain here. but the strangest thing to date. so far away and yet you feel so close, and i'm not gonna question it any other way. there must be an open door for you to come back. and the days, they linger on. and every night, what i'm waiting for is the real possibility i may meet you in my dream, and sometimes you're there and you're talking back to me. come the morning i could swear you're next to me. and it's okay. it's okay. it's okay. i'll be here. come back. come back. i'll be here. come back. come back. i'll be here. come back. come back.


pearl jam. come back

5 months...

Monday, January 15, 2007

dreaming of.



sonho com...
sonho acordada, isto é. sonho com memórias feitas de sorrisos. e com desejos felizes. porque há dias em que não se consegue ser pessimista. há dias em que se acredita. há dias em que estamos condenados a ser felizes. nem que seja por uns minutos antes da realidade nos cair em cima. há dias em que os sonhos são isso mesmo, sonhos. e não pesadelos. há dias em que nos obrigamos a ver o pior. just in case. sentimo-nos bem naqueles braços que se enrolam em nós. deixamo-nos levar e pensamos que vai tudo correr bem. e somos, realmente, felizes. e o pior chega a ser exactamente esses pedacinhos de felicidade. quando o dia acaba e pensamos. pensamos que podemos não voltar a ter esses pedacinhos de felicidade. mesmo acreditando que sim. é confuso. e assemelha-se também com o bom tempo que faz antes da tempestade. até lá, sonho acordada.


Tuesday, January 02, 2007

2007.

ao sabor da meia-noite aninhada em ti. final e início com sensação de perfeição. 2006 com sorrisos presos ao canto da boca. 2007 tem cheiro de saudade. cheiro de passeios no final da tarde com recordações nos bolsos. momentos aguardados. presos por um cordel arrastados pelo tempo. cordel todo-o-terreno. 2007 tem gosto salgado. gosto bitter sweet. gosto de nervoso miudinho-crescente. gosto de ânsia. 2007 tem aspecto de montanha. uma escalada difícil. uma descida suave. ou não? aspecto duro e forte. coragem, paciência e confiança. 2007 não tem textura. onde as mãos esticam-se em direcção ao ar. e agarram-no com força.

a esperança? está guardada no futuro. naquele escondido na imagem de ponto de interrogação. se vier, quando vier, o que trará?

no 2º dia, 2007 lembra-me saudade.


still waiting for that kiss...