Sunday, July 25, 2010

the end.



always and forever.



Friday, July 16, 2010

# 87


"Sometimes surviving is about all the living I can handle."


one tree hill


Wednesday, July 14, 2010

a vida #16

e ela perguntou "será que às vezes é preferível não perguntarmos?"
e eu não sei se preferia não saber o que sei.
talvez me faça ganhar nova consciência do (pouco?) tempo que nos espera.

Tuesday, July 13, 2010

a vida #15

ainda não fez um ano desde que a carta nos caiu no correio e na alma. só fazia um ano para a semana, mas temos de aproveitar enquanto estamos nas más graças do universo e esperar que continuem a cair coisas pesadas na alma. é da maneira que se vive mais (in)tensamente? acredito mais que seja da maneira que se sobrevive mais dificilmente, que isto de respirar por quatro pesa-nos a todos. 

confesso que do que mais tenho medo é de um prazo. que entre conversa de uns e conversa de outros, se eu ouvir, nem que seja sorrateira ou subtilmente as palavras meses ou anos.

e eu digo-vos, se me derem um prazo para a vida do meu pai, 

Monday, July 12, 2010

a vida #14

que eu já estava mentalizada para o que poderia ouvir, estava. não sabia é que ficaria sozinha a ouvir da boca dos médicos o futuro do meu pai. não sabia que teria de ser eu a dar-lhe essa notícia. essa notícia que se torna pior do que a primeira vez que recebemos notícia semelhante. por tantos motivos.


Sunday, July 11, 2010

let's ride the wave, where it takes us.

ver os pearl jam é mais do que assistir a um concerto. é saber que algures nos próximos minutos, vou sentir aquele nó na garganta que parece despir-me o coração. ontem à noite, esse nó chegou assim que eles entraram no palco. os primeiros acordes de release começaram a soar pelo ar e eu comecei a sentir lágrimas na cara. era isto. era este o momento que eu tinha esperado nos últimos meses. aquele momento em que o meu coração se despia enquanto eu gritava bem alto "oh, dear dad" mais alto do que eu pensei que poderia gritar. não sei muito bem quantas vezes chorei ao longo do concerto. mas, garantidamente, ouvir o eddie a falar em "último show" não ajudou muito. todo o tom de despedida do concerto foi algo que eu não esperava, tal como houve músicas que eu também não esperava e outras que gostei muito de ouvir. mais do que uma "apresentação" ao novo álbum, o concerto de ontem foi buscar tesourinhos há muito arrumados na gaveta. não vi grande coisa do palco, estamos a falar de milhares de pessoas que ali estavam. quando público era filmado tinha-se bem noção do mar de gente, facto também comprovado pelas muitas vezes em que o eddie colocava a mão sobre os olhos para exprimir a imensidão do seu público.
tenho um grande defeito em concertos: quando estou realmente a gostar da música, do ambiente, de tudo, tenho muito a mania de fechar os olhos. e ontem acho que os fechei em quase todas as músicas, sendo obrigada a lembrar-me que esta poderia ser a última vez que os "veria" em muito tempo.
sei que entrei no alive com uma motivação em nada comparada com o que senti quando sai do recinto. se entrei cheia de vontade de ver/ouvir a banda do meu coração, sai com um novo nó garganta e com muito receio de não os tornar a ver mesmo durante muito tempo.
da minha parte, este concerto triste até calhou bem. veio concordar com os meus estados de espírito.


Monday, July 05, 2010

confessions of my lonely heart

o problema de combinar segredos com a irmã é que eu tenho de olhar os pais todos os dias e não lhes dizer o que sei. encolher os ombros quando me perguntam o que eu já sei e eles não. e tentar ignorar a voz arranhada que me fala em tom temporário e que eu já sei não o ser. às vezes parece que os olhos fixos no tecto da sala me querem expulsar dali. parece que o tom baixo e arrastado com que nos fala não quer mais conversas connosco. parece que com tudo o que nos cai em cima, o silêncio parece, realmente, o caminho mais fácil.


e não te esqueço um minuto, pulguinha.