Friday, June 30, 2006

say.

(...)

all your strength is about to be found
crawling up out of the ground
now play what you wanted to play
you say what wanted to say
you finally found a way...
all of the stars coming down
how did it feel when you hit the ground?

(...)


hollow. remy zero



again...

pois. a foto que eu tenho na secretária é igual àquela ali.
é, desde que o tio morreu que ela não a tira dali.

três pares de olhos entreolham-se naquela já conhecida cumplicidade. enchem-se. e vagueiam pelo meu quarto. param na fotografia. mãe sai. mas tia fica.

é assim, não podemos fazer nada.

olhos vermelhos aos quais me dirigo. abraço apertado. daqueles que já conhecemos de cor e já sabemos as palavras que os acompanham.

agente chora, mas não vale de nada. e ele já tem campa. esperança, ele já tem campa.

e sai do quarto. onde fico sozinha. sozinha. e olho para a foto. e penso que desde dia 7 de fevereiro ela só saiu dali para dentro dum livro.



little reactions.

as mãos gelam automaticamente. o olhar tem tendência a olhar para o nada durante mais tempo que o normal. as mãos aproximam-se da boca, enquanto a visão fica turva. olhos inundados. o corpo arrepia-se, como se estivesse a reagir a algo que o organismo rejeita. as mãos ficam nervosas nos seus movimentos rápidos e curtos. os pensamentos atropelam-se. mas a decisão mantém-se.



por quanto tempo?



Antes.

Pena. Queria falar contigo. Sentir essa liberdade. Pisar a barreira que nos tem separado. Contar-te das minhas andanças, pensamentos, sonhos, desejos e medos. Como fazíamos antes. Queria ouvir os teus sentimentos, pensamentos, receios. Como fazíamos antes. Sentir o à vontade de outros tempos (não tão passados) para te dizer que sei de coisas que não sabes que sei. E contar-te as minhas. Aquelas que poucos sabem mas muitos suspeitam. Como fazíamos antes. Ouvir as tuas opiniões. Não ligar ao que dizes, discutir contigo, porque discordamos e acabar a rir com a situação. Saber a quantas andas. Fazer ainda um bocadinho parte da tua vida. Na minha ainda há um lugar para ti. Nunca deixou de haver. Fazes-me falta, às vezes. Como fazias antes. Certas conversas, situações. Penso no que dirias. Vontade de partilhar contigo. Mostrar-te um bocadinho da minha felicidade e contar-te como às vezes sou capaz de voar. Admitir como tinhas razão. Como sempre disseste que eu sentia. Como não te ouvi, mas como estavas certo. E dizer-te que eu sempre suspeitei que isso te acabaria por acontecer. Como mesmo naquela altura, ambos lidámos com isso e o que será pensas disso agora. E como será que estás. Mesmo quando dizes que tudo está bem. Espero sempre um bocadinho mais. Espero o dia em que fales mesmo. Que me contes de ti. Como fazíamos antes.



Tuesday, June 27, 2006

You...

there's always something in the way
there's always something getting through
but it's not me
it's you, it's you

sometimes ignorance rings true
but hope is not in what i know
it's not in me...me
it's in you, it's in you

it's all i know
it's all i know
it's all i know

i find peace when i'm confused
i find hope when i'm let down
not in me...me
in you
it's in you


i hope to lose myself for good
i hope to find it in the end
not in me...me
in you
in you
in you

it's all i know
it's all i know
it's all i know

in you
in you
it's in you
it's in you

there's always something in the way
there's always something getting through
but it's not me
it's you
it's you
it's you

it's you...



you. switchfoot




coisa (mesmo) parva (, espero).

Sempre. As conversas contigo trazem-me o aperto da possibilidade. O nó. O pensamento que pode ser comigo. Que não é preciso aquilo pelo qual ambas vamos passar para tal acontecer. Ver-me na situação. Na impotência. Pensar no perder aquele tudo que falaste. Tudo esse pelo qual (ainda) não passei. Sorrir com a possibilidade de ser eu também. E pensar que pensaria o mesmo que tu. Que não permitiria o mesmo que tu. Are we bound out of obligation?(*) As empatias que podem nascer do nada. As dúvidas sobre essas mesmas empatias. Olha como estou agora e percebes o que quero dizer. Nunca se sabe. E é essa a questão. Esse eterno ponto de interrogação.

As eternas dúvidas. Testes, minha cara.

E releio as palavras do Sérgio. Segue o teu coração. Ele tem sempre razão.



i don't wanna think, i wanna feel.
(*) hail, hail. pearl jam.




Monday, June 26, 2006

Timing

Porque tudo sabe melhor quando é partilhado. Quando partilhamos o nosso espaço. O nosso pensamento. As nossas ideias. Quando temos alguém para ouvir, e alguém que nos oiça. Por muito ou pouco tempo. Cedo ou tarde. Saber da presença de pessoas. Mais que pessoas. Colecções de sentimentos, de memórias, de conversas, de (re)descobertas. Gestos simples ampliados por uma lupa ganham um tamanho enorme em nós. Como bolhinhas. Pequenas ou grandes mas que nos vão enchendo a alma. E sentimo-nos (por vezes) prestes a explodir quando finalmente vemos tudo no seu rumo. Quando a aceitação começa a acontecer, mesmo trazendo consigo lágrimas ou apenas nós na garganta. Quando as formas disformes tomam diformas formes. Porque o certo está errado. Porque o certo é ser feliz. E é-se feliz com ampliações minúsculas. Segredos, conversas partilhadas à mesa. Com gelado, em frente à televisão.

Bolhinhas de sabão que rebentam sorrisos em nós. E nos deixam dormir com paz. Paz de alma, de espírito alcançada com horas, minutos onde o hoje se torna amanhã, porque amanhã tudo estará na mesma. Mesmo imprevisível, o conforto de saber que bastam umas quantas mensagens, palavras ou telefonemas para tudo ser como foi ontem. Enchem-me a alma vocês. Todas na minha casa, no meu espaço. Enchem-me de sorrisos.

E tu.

Tu (pre)enches-me a mim. Quando (me) partilho contigo. Tudo. Tudo esse que se torna num pequeno nada comparado com as bolhinhas que tenho em mim que quero que faças tuas. Como duas bolhas que se juntam, que se fundem. Dedos entrelaçados. Como numa noite. Porque I know the drill e gosto da confiança partilhada, em todos os momentos. No valor de fazer o outro feliz. Pensar no teu bem. Em ti.

E vou pensando no tempo. Sentido geral da palavra. No tempo em que pensava sem pensar. Imaginava sem nunca sequer imaginar. Em que queria sem querer.

Acabei por pensar. Imaginei para além da imaginação. Quis o que quero.

A vocês, always welcome. A ti, tu sabes... (segredo, segredo...)



shadows still remain...


Sunday, June 18, 2006

i still remember...

Ainda me lembro da última vez que cá estiveram (os três). No dia depois dos meus anos. No mês em que também tu fizeste anos. Virem elas. Só elas. Faz-me impressão. Talvez por ser a primeira vez. Penso na foto. Tiro-a dali? Não tiro? Ao convite seguiram-se lágrimas. Não as quero. Mas sei que hoje elas vão cair. Tudo é ainda muito pesado para mim. Talvez por ser a primeira vez. Só elas. Dou por nós a comprar coisas a pensar nela, nelas. Convites que não eram feitos dantes. Especial atenção agora.

Aperto no peito.

E empurro-as para dentro. Sinto-as quase a rebentar. A querer sair. Mas empurro-as. Engulo em seco. E respiro fundo. Mesmo com os olhos turvos, empurro-as. O aperto não vai passar assim. Mas espero. Agora não. No final da noite. Sozinha. Em silêncio. Permito-me essa fraqueza. Como ela disse uma vez, sou mais fraca do que aquilo que aparento, mas mais forte do que aquilo que penso.

Aperto no peito.

Respiro fundo, e penso que vai tudo correr bem. Penso na foto.

Na foto, na foto...

Saturday, June 17, 2006

3

criei o pecado e a lógica. desenhei o conto e
aniquilei todas as personagens. substituí a vida
pela morte. parti o espelho.

dormitei no lago. boiavam pedaços de espelhos
partidos. não fui só eu quem os partiu. senti que
existiam mais espelhos e estreitos de escuridão.

cheirei as cinzas. ardia alguém entre as folhagens.
ardia com espelhos. era só mais uma personagem,
um fantoche.

retirei os cenários idílicos e os sons. prefiro fantoches
em silêncio. talhei-lhe os dedos das mãos e dos pés.
despi-os de sentimentos e expressões. remexi ligeiramente
o cérebro. fiz soar um tambor como nos enterros.

cortei-lhe as veias. injectei princípios de vazio. omiti a melancolia
mas mantiva as artérias intactas. parei as horas e os moribundos.
pintei-me. esculpi-me. nem tive tempo de amar...


Ana Filipa [Anokas]

what we are is what we make of ourselves...



Friday, June 16, 2006

Escrever...

23. Escrever. Porque escrevo? Escrevo para criar um espaço habitável da minha necessidade, do que me oprime, do que é difícil e excessivo. Escrevo porque o encantamento e a maravilha são verdade e a sua sedução é mais forte que eu. Escrevo porque o erro, a degradação e a injustiça não devem ter razão. Escrevo para tornar possível a realidade, os lugares, tempos, pessoas que esperam que a minha escrita os desperte do seu modo confuso de serem. E para evocar e fixar o percurso que realizei, as terras, gentes e tudo o que vivi e que só na escrita eu posso reconhecer, por nela recuperarem a sua essencialidade, a sua verdade emotiva, que é a primeira e a última que nos liga ao mundo. Escrevo para tornar visível o mistério das coisas. Escrevo para ser. Escrevo sem razão.



pensar. vergílio ferreira



Wednesday, June 14, 2006

It feels so good to know... (*)

[black. pearl jam]


Porque fujo de casa a meio da noite para estar contigo (mesmo não aceitando aquele convite...). Porque aquela foi uma das melhores noites que já passei e esta também. Porque me realizas sonhos sem saberes que os realizas. Porque me fazes tua mesmo quando não o sabes. Porque sou tua. Cada vez mais. Porque confio em ti. Fecho os olhos e confio em ti. Sei que tomas conta de mim. Tal como tu sabes que não há nada que possas dizer. Preocupo-me. Preocupamo-nos e tomamos conta um do outro. Porque quando estamos juntos, estamos ali, juntos. Mesmo com água a cair sobre nós, só sei sorrir(-te), ir ao teu encontro e ser tua. E chego a casa e só sei rir feita parva, e pensar em ti. Em ti. Em ti. E no que me fazes sentir. Na maneira como tu tornas tudo tão... incrível. Na maneira como tu deixas pensamentos a vaguear na minha cabeça. Sem palavras. É assim que me deixas. Imagens, imagens. Para onde quer que olhe, não é o que está à minha frente que vejo. Não. Agora vejo claramente duas noites. Contigo.


(e digo-te baixinho ao ouvido aquilo que sabes que sinto por ti. muito)


(*) life in rain. remy zero


[black. pearl jam]



Tuesday, June 13, 2006

Uma estupidez qualquer, por exemplo, sou muito feliz contigo

E puseste os teus braços à minha volta. Agarrei-os, aconchegei-me em ti, aproximando-me. Agarrei-te os braços, puxando-te para mim. Abraçaste-me com força. Festinhas nos teus braços. Começaste a embalar-me. E depois disse qualquer coisa relacionada com o número quatro. Quatro. Quem diz quatro diz cinco. Não fosse a tua pergunta seguinte relacionada com esse número. Não tenhas pressa.

E vou-me aninhando cada vez mais. Cada vez mais me aconchego nos teus braços e mais eles me abraçam. Me recebem. Esticada, encaixo os meus braços no teu pescoço. Puxas-me para ti. E assim ficamos. Braços no teu pescoço. Braços na minha cintura. Sinto o teu cheiro, olhos nos olhos, boca com boca, pele com pele. E sussuras ao meu ouvido aquelas palavras. E fazes com que eu me apaixone por ti cada vez mais.


you feel like home...



Sunday, June 11, 2006

"amor louco e fugitivo"





dura ainda.



E dizer-te uma estupidez qualquer, por exemplo, amo-te. Martín Casariego Córdoba.
[don't kill me tonight. di-rect]




Wednesday, June 07, 2006

Wish

lovers walk along the shore, leaving footprints in the sand.


the windmills of your mind. dusty springfield.

Saturday, June 03, 2006

near.

when i'm on the loss it is you who's shining through and through again. whenever the rain comes down, the sun turns gray. when i needed you, you were always there. when it comes to you really nothing can compare. you feel what i feel, know what i know. even through the darkest night, you see what i see. there's a reason to believe in you and me. i would die if you let me, drowning in sorrow. baby, don't kill me tonight. would you hold on me to, girl? and love me tomorrow. when i'm feeling blue it is you who's reaching out for me again. whenever i need your wings to fly away. you feel what i feel, hear what i hear. even through the darkest night, you'll sleep when i sleep. there's a reason to believe in faith cause heaven sent me you. i would die if you let me, drowning in sorrow. baby, don't kill me tonight. would you hold on to me, girl? and love me tomorrow. love me tomorrow again. so if you need me, i will be near. another thousand miles, i will be there. i will hear you, i will see through. even through the darkness i'll be true. i would die if you let me, drowning in sorrow. baby, don't kill me tonight. and so i wrote you these words down, for you to remember. for you to remember why i love you.


don't kill me tonight. di-rect

What's the difference?

Quando te perguntava, tu dizias sempre ou quase sempre Ela diz que sim... e eu acredito. Quando me perguntam, ou quando isso está em questão eu digo Sim, eu sei que sim. Porquê essa diferença? És tu que és assim? Será ela que é diferente dele na maneira de o mostrar. Bem, isso já concordámos que sim. Mas tu tens mais bagagem que eu, e mesmo assim não mostrar esse "saber". Mas eu sim. Eu não duvido. E chego a afirmar antes de me perguntarem. Não como uma presunção, mas como uma certeza. Uma certeza.

Friday, June 02, 2006

missing you...

Tenho saudades tuas. Muitas. Cada vez mais. De quando passavamos dias inteiros juntos. De quando as nossas noites só acabavam de manhã.

É mesmo assim,


tenho saudades tuas...

Thursday, June 01, 2006

"Se soubesse onde era a tua casa... vinhas mesmo, porque ia ai ter contigo..."

People smile and tell me I'm the lucky one,
And we've just begun,
Think I'm gonna have a son.
He will be like she and me, as free as a dove, conceived in love,
Sun is gonna shine above.

And even though we ain't got money,
I'm so in love with you, honey,
And everything will bring a chain of love.
And in the morning when I rise, you bring a tear of joy to my eyes
And tell me everything is gonna be alright.

Seems like a month ago I was beta chi, never got high,
Oh, I was a sorry guy.
And now a smile, a face, a girl that shares my name,
Now I'm through with the game, this boy will never be the same.

And even though we ain't got money,
I'm so in love with you, honey,
And everything will bring a chain of love.
And in the morning when I rise, you bring a tear of joy to my eyes
And tell me everything is gonna be alright.

Pisces, Virgo rising is a very good sign, strong and kind,
And the little boy is mine.
Now I see a family where there once was none,
Now we've just begun,
Yeah, we're gonna fly to the Sun.

And even though we ain't got money,
I'm so in love with you, honey,
And everything will bring a chain of love.
And in the morning when I rise, you bring a tear of joy to my eyes
And tell me everything os gonna be alright.

Love the girl who holds the world in a paper cup, drink it up,
Love her and she'll bring you luck.
And if you see she helps your mind, buddy, take her home,
Don't you live alone, try to earn what lovers own.

And even though we ain't got money,
I'm so in love with you, honey,
And everything will bring a chain of love.
And in the morning when I rise, you bring a tear of joy to my eyes
And tell me everything is gonna be alright.



Kenny Loggins. Danny's song

Dharma&Greg. série 5. último episódio "The Mamas and the Pppas Part 2".