Sunday, April 30, 2006

The Wedding

Mãe que só se lembrou das coisas à última da hora. Eu em busca dessas mesmas coisas. Conduzir sozinha. Forma de terapia, dizes tu. Volume bem alto. Estavas sozinha. Aproveita. Últimos arranjos. Lá vamos nós.

Passar pela tua casa. Nó. Chegar a casa da noiva. Linda, linda. Beijos. Cumprimentos. Andreia que chora quando a Marisa chega. Lágrimas visíveis nas fotografias. Fotos. Segue-se em frente. Levanta a cabeça e sorri. Isso mesmo.

Igreja. Sofia, Jorge, tia. Força, não chores. Dá os beijos que tens a dar. Abraço apertado à tia. Controla-te. Entra na Igreja... Na Igreja (isso, chora agora o que não choraste durante o dia)... na Igreja, na Igreja. A última vez que lá estive, fiquei minutos e minutos ajoelhada no chão ao pé da coroa de flores dos sobrinhos, a chorar. A porta que dá acesso ao sítio do velório. Lembranças. Mas não chores (chora agora que ninguém vê...). Cerimónia. O mesmo padre estúpido. Foi esta a Igreja do tio Jacinto, não foi? pergunta-me o meu sobrinho. Foi, digo eu. Vá, não chores. Acaba a cerimónia. Tudo bem. A Marisa, o Jorge, a Sofia e a tia não vão. É normal, já se esperava. Foram à Igreja. Já foi bom.

A caminho do Copo de Água. As estradas que temos feito nas duas últimas semanas. Coincidência, não? Fotos. Comidas e bebidas. Tudo bem. Só sorrisos. Não deixo de pensar que a Andreia está mesmo linda. Não deixo de pensar em ti, e em ti também.

Almoço (muito tardio). A tia Ana aproxima-se da mesa. Fala com o meu pai sobre fotografias ou algo assim, não percebi muito bem. Olho para o meu pai e vejo que ele limpa as lágrimas. Ah, essa fotografia, pensei. Já me tinha lembrado dela, principalmente quando tirámos a foto dos primos. Pai limpa as lágrimas. Faço sinal à minha irmã, ela abana a cabeça. Controlo as lágrimas, mais uma vez. Mas tudo bem.

Tarde fora. Dedicatórias. Primeiro no livro do Tomás. A minha irmã leu a dedicatória da Isabel, tia e madrinha do puto. Chora de emoção e eu digo que sei o que ela sente. O que é ser tia e madrinha. Somos as segundas mães, disse a Isabel. Eu concordei e lancei aqueles olhares ao meu puto. Coisa fofa da tia. Amo-te. Pronto, é simples. E prometo à minha irmã que há-de ser a madrinha do meu primeiro filho.

Dedicatória. Livro do casamento. Aproximo-me da minha irmã e da Isabel. Estão as duas a chorar. Pronto, pensei, é agora. Leio a dedicatória. Choro. Que o que ele mais gostava era destas festas em família (isso, chora mais...) e de ver toda a gente alegre. E chorámos as três juntas. A minha irmã escreve a dedicatória dela, e mancha o livro com uma lágrima. Eu escrevo a minha. Chorámos. Passou, levanta a cabeça e sorri.

Noite dentro. À mesa. Ficaste triste... disse-me a minha irmã. Encolhi os ombros. A Isabel aproxima-se de mim e da minha irmã a chorar. Ela leu as nossas dedicatórias. Beija-nos às duas. Chorámos mais um bocadinho. Que merda. Fazes-nos falta. É isto. É mesmo só assim. Não gosto de ver o meu padrinho dum lado para o outro. Não gosto de andar a procura dos tios e do meu pai e lembrar-me que agora é menos um. Não gosto. Não gosto. NÃO GOSTO. Fazes-nos falta.

Baile aberto. Ninguém da nossa gente dança. Reparei nisso. Pode só ter sido coincidência, mas duvido...

Oportunidade e ligo-te. Gosto de falar contigo. Fazes-me bem.

Podia ter sido pior. Muito pior mesmo. Mas todos tivémos noção que o dia não era para te chorar, mas sim para comemorar. Foi o dia da Andreia, do Eduardo e do Tomás. E, no geral, correu mesmo bem. As lágrimas não foram evitadas. Nem as de alegria, nem as de tristeza. Amanhã há mais.


Felicidades...



Não sabes as vezes que senti o teu abraço hoje...




Friday, April 28, 2006

Abraço-te...

Quando precisar, faço de conta que sinto os teus braços. Porque mesmo longe me abraças. E mesmo distante estás comigo.

Quando precisar, fecho os olhos e sinto o teu toque, a maneira como agarras a minha mão e me olhas nos olhos, como a investigar se estou mesmo bem.

Quando precisar, penso na segurança e na protecção que me dás. Contigo, nada é difícil.




The Countdown...







Sábado aproxima-se...




como uma nuvem cinzenta que cobre temporiamente o céu azul



Thursday, April 27, 2006

Glowing from inside out

Mãos que se encaixam à luz de uma vela. Intimidade partilhada por ruas e mais ruas. Histórias e confissões. Trocas de sorrisos e olhares. Treino. O jeito como as mãos e dedos brincam uns com os outros. Como um jogo. Esboça-me um sorriso (patético). Encaixa a tua mão na minha. Assim. Como deve ser. Embala-me em ti. Deixo-me ir. Vou aonde me quiseres levar.

Histórias tuas que me fizeram sorrir. Partilhas comigo. Partilho contigo. Assim. Como deve ser. Pedras da calçada que eu mal sentia. Leva-me, leva-me. Flutuo contigo. Treino.

Nervoso miudinho. Minuto após minuto. Aquela certeza. Abraça-me e leva-me daqui. Para onde quer que tu estejas. Vou aonde me quiseres levar. Pelas ruas fora. Conta-me tudo. Tudo. Conta-me os teus segredos e pergunta pelos meus.

Pega-me na mão e pergunta outra vez. Não, não tenho dúvidas. A mínima dúvida que seja. Não ali, contigo. Certeza que sim. Trocas de olhares. Olha-me. Vê-me. Sente-me. Como eu sou. Para ti. Tua. É como eu sou. Treino. Sorriso. Contigo.

Embala-me nos teus braços. Em ti. Quero sentir-te. Milímetro por milímetro. Meu. Aconchega-me. Aninho-me em ti. Durmo segura nos teus braços. Deixa-te ficar. Deixa-me estudar-te. Aprender cada hábito teu. Cada vício. Conta-me tudo. Quero saber-te de cor. Conhecer cada olhar, cada sorriso. Cada pedaço de ti.

Como uma música. Vai-se aprendendo a letra. Cada ritmo. Cada acorde. E quando já se sabe tudo de cor, ela toca-nos sempre de maneiras sempre diferentes. Como a (minha) Black.



Tenho saudades daquilo que ainda não vivemos.




E a cada dia que passa, mais nos habilitamos...



Tuesday, April 25, 2006

When it feels right... maybe it is right...

[downtown. tegan and sara]


E foi assim que foi e tenho (temos) consciência que foi apenas acontecendo. Foi sendo. E foi assim que foi. Dia após dia e noite após noite. Foram dúvidas e perguntas minhas (tuas). Avisos meus (teus). Alertas de dentro e de fora. Sem travões. Sem paragens (desnecessárias). Rápido (demais?). Foi a velocidade natural das coisas, dos acontecimentos. Verdades na minha (tua) cabeça. Factos conhecidos sobre (des)conhecidos. Avisos, avisos.

[getaway car. audioslave]

Sentimentos automáticos. Daqueles que se instalam sem nós darmos por eles. E quando vimos já estão tão presentes que só sabemos senti-los. Sem perguntas. Porque é para isso que os sentimentos foram feitos. Para serem sentidos. Batida por batida. Dedos entrelaçados. Provas e mais provas. Dúvidas, dúvidas. Mas, havia (há) algo mais. Sentimentos. Que apareceram de mansinho. Apareciam de manhã, antes de adormecer. E depois, ao acordar. Lá estavam eles, a avisar que havia (há) algo mais. Partidas do pensamento. Partidas do destino. Partidas. O tempo certo das coisas. É assim que dizem. Que cada coisa tem o seu tempo certo. Que as coisas acontecem quando têm que acontecer. Que, que, que... justificações atrás de justificações a tentar justificar o que não pode ser justificado. Bocas abertas. Dúvidas daquelas que são para serem sentidas, mas apenas estão lá. Não se sentem, mas elas estão lá na mesma.

[landing in london. 3 doors down]

Elas avisam-nos dos perigos, mas acho que só valem de alguma coisa quando são sentidas. Acho, acho. Saberes sem saber porquê. Ficar naquela do apenas saber. Porque sei. Sem perguntas. Para quê perguntar? E se's que ficam assim. Pendurados no ar. Na expectativa de respostas que não são procuradas. Não se quer saber delas. Porque não fazem parte do leque dos sentimentos. Segue o teu coração, disseste tu, está quase sempre certo. É assim, não é? Seguir o que se sente, porque o que sentimos está correcto. Não é? Every single second, disseste tu. E eu, eu, eu, eu não poderia concordar mais. Eu, eu, eu. Porque sou que importa, não sou? Eu, eu, eu para o nós. Nós, nós, nós. Nós dois. Só nós dois.

[here by me. 3 doors down]

Eu, eu, eu, eu. Porque me apego muito, porque me dou muito (demasiado??) e porque vocês são (muito) importantes e quero que vejam como eu vejo. Só um bocadinho. Ele fez a minha gaja voltar, disseste tu. Sim, voltei. E queria que todos percebessem isso. E ao mesmo tempo, entento cada aviso vosso. No vosso lugar, faria o mesmo. Preocupação de amigo é aquela coisa. Eu sei. Mas apesar dos vossos avisos, há sempre uma coisa na qual todos concordam, porque não há quem possa duvidar. Feliz, feliz. Muito, muito. E vocês vêm isso. Eu sei que sim. E eu sei que é isso que vos faz "calar".

[letting the cables sleep. bush]

Porque por muito certos que vocês possam estar, mais certa estou eu (estamos nós) do que sinto (sentimos).

[mandas mensagem e fujo para os teus braços...]




[black. pearl jam. ao vivo. portugal]

E a tua mensagem quando eu estava a escrever aquilo. E eu fujo para os teus braços. Para os teus braços. Não, não tenho dúvidas. Nos teus braços. Onde as dúvidas acabam e as certezas começam. Onde sabe a certo. Nos teus braços. Contigo. Onde as dúvidas acabam e as certezas começam. Porque é assim que é. E é assim que tem que ser. E eu fujo a sério, e tu vens a sério. Provas, provas. E porque as dúvidas nunca foram sentidas. Provas, provas.

E eu não quero nada mais, nada menos do que isto, do que tu.

Do que tu e este sentimento bom que me fazes sentir. E este sorriso constante que me pões nos lábios.

Eu também. Eu também. Eu também. Muito, muito.

[is yesterday, tomorrow, today? stereophonics]

Muito mesmo.


Nos teus braços, onde me sinto em casa...




Monday, April 24, 2006

Conversa à Chuva

O Vento chegou e disse à menina, vês como eu tinha razão. Tudo se resolve. Sim, eu sei, disse a menina, mas às vezes nem sempre pensamos dessa maneira. És uma tola, disse o Vento. A menina sorriu. Porque dizes isso, Vento? Porque o sei. Porque sempre soube que apareceria. Mas como sabias? perguntou a menina. Sabendo. Nunca te aconteceu saberes coisas, assim, apenas sabendo? Sim, já.

A menina sorri.

Já falámos tantas vezes. É verdade. Não te cansas te falar comigo? Nunca, nunca. Quero sempre saber o que pensas. Mas eu não existo, sabes isso. Sei, e sei que aquilo que me dizes são, na verdade, pensamentos meus. Sei que apenas existes na minha cabeça. A menina sorriu.

Fala comigo. Falo, sim. Diz. Fala tu. Como estás? Bem, muito bem. As coisas correm bem? Bem, muito bem. Fico feliz. Eu também. Sabias que chove sempre que tu queres? Sabia, porque quando quero, tudo é possível. Nem tudo. Deixa-me ficar com esta mentira. Deixa-me acreditar que posso ser tão livre, tão livre. Que, para mim, não há barreiras. Sabes bem que isso não é verdade. Sei. Mas não me importa. Ás vezes, sinto mesmo que não há impossíveis, deixa-me acreditar nisso. Está bem, mas só se prometeres que tens essa noção que é só às vezes. Prometo. Prometes, prometes? Vá lá, já fizemos isto antes. Eu sei, mas diz. Prometo.

Conta-me o que te faz pensar assim. É simples. Há coisas que nunca pensámos, Vento, e de repente elas aparecem. Acreditas no que te digo? Sim. Ainda bem, porque não te minto. Acreditas que me surpreendo a mim mesma? Sim. Ainda bem. Às vezes nem me reconheço. E isso é bom ou mau? É bom, muito bom. Especialmente quando me traz felicidade. Estás feliz? Sim, muito. És feliz? Ultimamente, tenho sido muito. Mas és? Não me faças perguntas difíceis.

A menina baixa a cabeça.

Não são difíceis. Não para ti, que sabes tudo sobre tudo. Achas mesmo? Acho. Essas perguntas são difíceis. Está bem, podem ser, mas agora, és feliz? Sim, muito. Mas estou com medo. Do quê? Queres falar? Está bem. Estou com medo de sábado. Estou com medo que passe. Entendes o que digo? Claro que entendo. Mas sábado, já sabes como vai ser. Podias fazer com que não fosse como acho que vai ser. Não. Não tenho esse poder. Quem tem? Ninguém. Então, estás a dizer que... Sim, estou.

A menina encolhe os ombros.

E porque achas que vai passar? Já disse, não a ti, eu sei, mas já disse. Diz-me. Tenho medo que passe porque é forte demais, entendes? Agora, está a ser. Tola, tola. Não vai passar. Como sabes? Agora, sei. Agora não vai passar. Como sabes? Porque, como tu mesma disseste, é forte demais. E isso é bom, certo? Oh, eu sei que é. Mas entendes o meu medo? Sim, claro. É um medo natural. Também acho.

A menina levanta a cabeça e olha em redor.

As coisas podem ser tão fáceis às vezes, não é? Tem que se cair, para nos podermos levantar e começar a dar valor a essas coisas. Mas porque é que tem que ser das piores maneiras? Oh, eu sei que passaste por muito. Pois passei. E sei, também, que sofreste muito. Pois sofri. Mas agora estás bem. Queria-o vivo. é pedir demais? É. Isso iria contra a ordem das coisas. Que ordem? Oh, não vale a pena discutir isto contigo. Não, não vale. É a minha maior contradição, e eu sei. Mas não gosto, não quero. Pronto, está bem.

A menina olha para o lado, com cara zangada.

Fala-me dele. Porquê? Vá lá, não fiques chateada. Oh, está bem. O que queres saber? O que tu me quiseres contar.

A menina sorri. Muito. Muito mesmo. O olhar fica perdido.

Uau, dessa maneira? Sim, desta maneira. Precisas de mais? Não, acho que não. Ele faz-te muito bem. Eu sei. Vê-se. Eu sei, as pessoas têm-me dito que voltei graças a ele. E que o melhor de tudo é a maneira como tenho sorrido e o brilho dos meus olhos. E duvidas? Nem um pouco. Sei bem o que ele é para mim e o que me faz sentir. Ainda bem. Gosto de te ver assim. E eu gosto de me sentir assim.

Tudo se resolve. Não deixo de querer que ele ainda aqui estivesse. Eu sei. E no sábado... Não penses mais nisso. Não consigo. O dia aproxima-se e assusta-me cada vez mais. Eu entendo. Ainda hoje falámos disso, e não consigo evitar. O assunto provoca-me um nó na garganta. Não dá. [levanto-me e vou buscar a foto]. Eu sei. É normal que te sintas assim.

A menina baixa a cabeça.

Diz-me o que pensas. Estava agora a pensar que queria estar nos braços dele. Fala-me da janela.

A menina sorri. Muito. Muito mesmo.

Eu já sabia. Sempre foi importante, não foi? Sim. E lembras-te quando dizia aquilo? Sim. Então, nunca pensei que fosse acontecer. Era diferente. Não sentia assim. Entendes? Estás a dizer que... Não, não. Agora, não. Entendes? Entendo.

Tudo se resolve. Ainda falta o menino. Isso também se há-de resolver. Espero bem que sim. Tudo se resolve, vais ver. Lembra-te que tem que chover para o arco-íris poder aparecer. Eu sei... eu sei...

No que estás a pensar agora? Nas mãos dele. Tu e as mãos. Sim... E estou também a pensar nele. Só nele.

Casa azul? Oh, não vale a pena. Mais uma prova hoje. Gostei. Casa verde? Um dia, um dia. Ainda não sabe. Tem que saber. Têm todos que saber. Entendes? Sim, perfeitamente.

Sabes, Vento, ultimamente, tenho sonhado. Muito. Tem cuidado. Eu sei, mas já sabes como sou. Sim, sei. Sonha, sonha. Tola como és, acabas por sonhar com princípes encantados. Céptico como tu és, não acreditas em princípes. Pois não. Então és parvo. Encontrei um. Tem cuidado. Deixa-me estar. Sei o que faço. És parvo e céptico. Eu acredito e encontrei.

O Vento sorri.

Eu sei. Estava só a ver até onde ia a tua crença. Oh, vai mais longe do que aquilo que tu pensas. Estou a ver que sim.

Ambos sorriem naquela cumplicidade de anos. De sortes e azares. De altos e baixos.

A menina sorri, porque a menina sonha. Contigo, princípe encantado.


Sunday, April 23, 2006

Mummy's little girl

Teimosa, respondona, chata, implicante, mas a coisa mais fofa da mãe!!! Compreensiva, carinhosa, amiga, companheira (de viagens e não só!!), fofa... és linda, gaja. E quero reafirmar o que já sabes, que no matter what, a mãe está aqui para ti. Para te ouvir, ou para apenas estares calada. Para rires quando tiveres vontade de rir, ou para chorares. Porque comigo não tens nada a reprimir. Agarro-te as vezes que forem precisas, filhota lindona da mãe. E sabes que me preocupo contigo. Estou sempre em cima de ti! Afinal, sou tua mãe!!

Sério, gaja... para o que quiseres, para o que precisares...

E até estou a ouvir a música 7 que tu gostas, lembraste? Insignificance...

"Tiraram-nos" o discman, mas isso fez com que nos juntássemos mais. Manhã após manhã, conversa após conversa. Lembraste que tinha sempre novidades sobre aquilo? E tu, sempre paciente para me escutares. Custou, mas acho que acabaste por perceber que também podias contar comigo para tudo, tudo.

E espero que o saibas. Espero que saibas que os meus braços estão sempre prontos para te dar daqueles abraços mimosos, e estou também sempre pronta para te dar miminhos mimosos.

E verdade seja dita, as minhas manhãs não são o mesmo sem te contar as coisas, sem ver as tuas expressões a tentares adivinhar o que vai acontecer e depois dizeres "I told you so...". Não são a mesma coisa quando chego sozinha a Lisboa e não oiço "já metiam pontões novos nesta coisa!". Não são a mesma coisa quando vou em plena Avenida da Liberdade, naquela montanha-russa a que os cidadãos lisboetas chamam "Carris"... Ou a cantar o pouco da letra que sabemos do Michael Bublé... Ou outra coisa! Como betterman, ou man of the hour. Não são a mesma coisa, sem te agarrar pelo braço e atravessar as estradas contigo à maluca (mas estamos vivas, não estamos??).

E o dia não é a mesma coisa, quando de manhã, estou com a pica toda e tu mole e com sono, e à tarde é ao contrário.

Take your time. A mãe está aqui. Só queria poder fazer mais.

Doru-ti, minha bonequinha lindona!!


Saturday, April 22, 2006

Downtown

if you're gonna get up, you might as well get up with me
if you're going downtown, i might as well be on your way
and i sit all night, i sit still all night
i won't tell one soul, i won't tell one soul
i just can't get it straight you see and oh well
that distraction inside of me, oh well
i just can't get it straight you see and oh well
is fine by you, i am fine by you
i won't tell one soul, i won't tell one soul
if you're going downtown take me with you, i don't care
if i'm gonna get up, i'll just admit it, i only get up for you
if i'm gonna get up, i'll just admit it, i only get up for you
and i sit all night, i sit still all night
i won't tell one soul, i won't tell one soul
if you're going downtown, if you're going downtown
yeah, we can, yeah, we can
...
and i sit all night [if you're going downtown], i sit still all night [if you're going downtown]
i won't tell one soul [if you're going downtown], i won't tell one soul



downtown. tegan and sara




How can you tell??

sabes, babe...
acho que [confissão minha...]

ohhhhhhhhhhhhh
K FOFA
how do you know that?

sei lá... sente-se né?...
acho que sinto isso...

sim claro
[pergunta tua, bitch]

mto...
nem sei explicar [confissões minhas...]

=)
[resposta linda da tua parte...]

também eu...
[confissão minha] mas não sabes como me faz feliz...

não acho estranho
acho que [palavra tua] é complexo
só isso

sim, mas para estar a chamar isso por esse nome...
muito cedo

eu sei

[e ao mesmo tempo, o Miguel...]


estás mesmo [palavra dele]

porque dizes isso?

estava a ler o teu blog
já não ia la ha uns tempos

sim, acho mesmo que estou...



e até acho mesmo que sim...




What to call it...?

A ler e comentar o post dela, (já viste que é o segundo post que me inspiras?? hehe) pensei que não há nome para essas coisas. São apenas coisas coisas instictivas mesmo. É que garanto-te que não pensei uma única vez. Quando li as palavras dele, a única coisa que me passou pela cabeça foi sim, vem... foi imediato. Só depois, parei para pensar no que tinha acabado de fazer. Mas tal como escrevi no teu comentário, não me arrependo minimamente. Não me arrependo mesmo nada.

Chamaste-lhes momentos arriscados. E sim, eu corri mesmo um risco muito grande. Mas como te disse, fui movida por algo que pareceu comandar-me. Primeiro foi ele vir. Não pensei. Vem, foi a única coisa em que pensei. E quando ele disse que não sabia o caminho, tremi. Eu explico, pensei. Metro por metro. Tremia. Mas vem, pensei. E quando ele disse que vinha, não me segurei no banco. Não parei de andar de um lado para o outro. Entendes?

E o segundo convite da noite... sem pensar também. Queres? disse ele. 'Bora. disse eu. Foi assim, entendes? Aceitando todos os riscos e fui. Sim, arriscado. Muito mesmo. Mas eu tinha que ir. E pensar no que perderia se não fosse, só me faz ter (ainda) mais certezas que fiz a coisa certa. E foi a forma automática como aconteceu que me fez perceber que se calhar aquilo até era capaz de ser uma coisa (muito) especial.

E disseste ontem qualquer coisa como: Nao achas que está tudo a ir depressa demais? Quando as coisas vão muito rápido, eu tendo a pôr um travão nelas. Ok, eu sei que se calhar não foram bem estas as tuas palavras, mas a ideia está cá!! E sim, disse-te eu. As coisas avançaram a uma velocidade enorme mesmo. Mas travá-las? Perder estes momentos todos? Epah, não. Ora aí está uma coisa que não quero mesmo fazer. Esta velocidade não me assusta, porque foi natural, percebes? Foi apenas acontecendo. Ninguém acelererou e ninguém vai travar.

Esta história tem o seu próprio ritmo.

E olha que eu ouvi tantos nomes! Mas achas que me importei? Nem um pouco. Porque eu não parava de sorrir com o que tinha feito e com a alegria que tudo aquilo me trazia (traz).

Se não for agora, é quando? Quando for tarde de mais? Nem pensar...

Esta janela foi feita para ser pulada. Dantes levava-me para o meu quintal, para a casa verde ou para a casa azul. Agora leva-me também para os teus braços.

E cada vez gosto mais da minha janela.




Thursday, April 20, 2006

Raining on us

Gota a gota. Na minha cara. Na tua. Onde acaba um e começa o outro. Ali não. Nenhum de nós acabava onde o outro começava. Gotas da tua cara que se juntaram às gotas da minha. Dedos que se entrelaçam naquele toque desconhecido e subitamente familiar. Como se tais coisas fossem feitas à muito tempo, que já estranho quando não as faço. Quando não te tenho por perto. Só para te poder bater (devagarinho), ou implicar contigo porque ainda não comeste, ou chamar-te nomes quando levas as conversas para certos temas. Quando não te tenho por perto.

E projecto, minuto a minuto, como um filme. Cena a cena. Gestos e palavras. Sorrisos e carinhos. Quando não te tenho por perto. Quando um movimento me traz o teu cheiro, e com ele um sorriso que fica comigo. Como tu ficas. A familiaridade do desconhecido. Assim és tu. Desconhecido. E já tão próximo. Contacto. O meu dia-a-dia misturado com o teu. Não há mistura possível, mas nós damos um jeito. Cada um virado para o seu lado, mas sempre, sempre unidos. Perto. Quando te tenho por perto.

Com a chuva sobre nós. Nós dois. Só nós dois. E senti uma espécie de "faça chuva ou faça sol". Uma mão desconhecida que subitamente se torna a mão que quero agarrar. Uma cara (apenas) conhecida que agora anseio por encontrar. Só nós dois. Um bocadinho para nós dois. Para nos lembrarmos (como se fosse preciso) do que isto é.

E o que é? É o que é. Somos nós os dois. Sós nós dois.



Quando te tenho por perto



My own Chandler

[gramarye. remy zero]


Bocadinhos de fantasia no real. Bocadinhos do real na fantasia. Acordar para perceber que o sonho é, na verdade, a realidade. Sentir como se sente em sonhos. Sentir como se sente na vida real.

Sentir na pele. Toque teu. Sentir o real. Toque teu.

Palavras que dizes que me aconchegam por dentro. Gestos teus que me fazem sorrir por dentro. A pele que se aninha na tua. Toque teu. E aproximo-me dos teus braços. Ninho meu. Respiração no meu pescoço. Toque teu.

Sentir por dentro e por fora. Tu.

E era ver uma coisa que queria sem saber que a queria, porque acreditava que só existia ali, na ficção. Na caixinha mágica. E foste tu a aparecer e a mostrar que não. Que está tudo errado. Que a fantasia e a realidade podem ser misturadas. Tudo errado. Cabeça para baixo.

Cair e esperar lá os teus braços. Esticar a mão e esperar lá a tua. Abrir os braços e esperar lá receber-te.

Fofice. Fofice.

Sentir o que se sente. O que quer que seja. Sentir. Sentir-te a ti. Toque teu. Respiração. O bater do teu coração. Sentir tudo. Sentir nada. Sentir.

Cabeça para baixo.

É o acordar para perceber que o sonho é a realidade. Toque teu.


[gramarye. remy zero]




Monday, April 17, 2006

Sand in my shoes (and everywhere)

[black. pearl jam]


Olha, não percebo. Não faço ideia. Não sei como. Ponto final. Foi e foi. Ponto final. Foi.

Dedos entrelaçados. Começa o treino. Gosto disso.

Sorrisos já nem parvos, mas estúpidos mesmo!

E que tal devolveres-me as palavras para eu tentar, pelo menos, descrever o quão feliz tu me deixas? Acho que era boa ideia...

É que... de onde é que tu apareceste?? Mas que raio?? Pois, ponto final.

Horas e horas... Tantas horas. E não, dizíamos nós... Verdade seja dita que dizemos muita coisa... muita dela errada. O mesmo já não se pode dizer do que sentimos.

Sim, já sei. Ponto final. Ajudava se não me roubasses as palavras, sabias?

Grãos de areia.

A tua barba na minha cara. Gosto disso. Dedos. Mãos. Gosto disso. O teu abraço. Gosto disso.

Ponto final.


[black. pearl jam]


yeah, i think bloody happy is the expression...



Saturday, April 15, 2006

Almoço lavado

Dantes era assim: sorrisos, risos, brincadeiras, palavras, palavras, gritos, nunca silêncio, risos, risos...

Agora é: sorrisos, brincadeiras, palavras, silêncio, silêncio, lágrimas...

Vai ser, sem dúvida, o casamento mais triste a que já fui. Tenho tanta pena por ti. Estava a sair da tua casa, e estavas ao portão, a chorar com a Marisa. Ainda acho estranho ela não chorar. Nem sei como foi. Quando reparei, estava a tia Cina, a Isabel, a tia Fatinha e a minha mãe a chorar. Nem me apercebi. Mas já esperava. A cada movimento, a tua presença faz falta. Faltas ali, em nós...

As lágrimas vieram-me aos olhos. Aquele casamento... disse a minha irmã quando entrámos no carro. Era suposto ser feliz. O Pedro às vezes nem devia abrir a boca. O teu tio haveria de gostar de ir ao casamento. Vai-te foder. Foi o que me apeteceu dizer-lhe. Vai-te foder. "O teu tio", "o teu tio"! Sim, o meu (nosso, meu e da minha irmã) tio! Às vezes és mesmo estúpido! Às vezes odeio-te.

Lágrimas, lágrimas. Já estamos todos prontos para o casamento. Lenços de papel numa quantidade exagerada. Pinturas nas malas. Sim. Já estamos prontos para o casamento. E para chorar nele. Não de alegria, como devia ser. Como "manda a tradição"...

Fazes-nos falta. Cada vez mais. Parte-me toda por dentro ir a almoços de família, a reuniões familiares sem te ouvir. Sem te ver. O meu pai não tem com quem fazer as macacadas dele. As palavras da Isabel fazem sempre eco. Eco, eco.

De qualquer maneira, não deixamos nunca de ir. Somos família, ponto final. (Talvez um dia venhas a perceber isto, ou o que isto significa. Tenho certeza que sim.)

De qualquer maneira, parabéns Isabel...



(não) Estou aqui

[talk shows on mute. incubus]


Bocadinhos de dia que me vão lembrando de ti. Ainda lá estou. Ainda me sinto lá. Perto de ti. A loucura dos últimos dias. Ainda me sinto lá. E páro. E olho, escuto. Aqui e ali lembra-me. Lembra-me. Lembra-me de lá. Daquilo. E queria descrever cada bocadinho, cada gesto teu. Cada gesto meu. Cada passo que demos. Cada movimento. Palavra por palavra. Mas não. Segredo nosso. Nem consigo. As palavras ainda não voltaram a mim completamente.


[sick sad little world. incubus]


Hoje quando acordei, lembrei-me duma música. I still got sand in my shoes and I can´t shake the thought of you. Não podia ser mais literal. Ainda lá estou. Ainda vejo tudo no tom prateado. Ainda oiço. Ainda (te) oiço. Ainda (te) sinto. Não. Não estou aqui.


[southern girl. incubus]


Estou ali. Contigo. Já volto.


patamar 3...



Friday, April 14, 2006

Followed by the Moon

[black. pearl jam]


Voltas na cabeça. Porquês em que não me importam as respostas. Perguntas que me recuso a levantar. Apenas não quero saber. O instinto guiou-me. As respostas foram dadas de uma forma automática. Sem pensar. Não penses. Vai. Vou. Vem. Fui.

Onde eu esperava o estranho, ele não veio. Não esperava a naturalidade. Não. Não esperava. Mas ali estava. Gesto um. Gesto dois. Gesto três, quatro, cinco, seis... perdi a conta.

Perdi as palavras. Abandonaram-me. Ficaram perdidas algures no caminho. Voltas na cabeça. Palavras. Vazio de palavras.

Vem outra vez. Baixinho. Eu salto e vou. Baixinho. Segredo, segredo.

Baixinho.

Nem pergunto o que estou a fazer. Não sei. Não penso. Não pensei. Não tenho palavras. Não tenho pensamento. Tenho esta certeza que sim. Saltaria. Sim, ficaria.

Baixinho.

Segredo, segredo.



[black. pearl jam]


the moon. waves.






Thursday, April 13, 2006

Me??




Your Five Factor Personality Profile



Extroversion:



You have high extroversion.

You are outgoing and engaging, with both strangers and friends.

You truly enjoy being with people and bring energy into any situation.

Enthusiastic and fun, you're the first to say "let's go!"



Conscientiousness:



You have medium conscientiousness.

You're generally good at balancing work and play.

When you need to buckle down, you can usually get tasks done.

But you've been known to goof off when you know you can get away with it.



Agreeableness:



You have high agreeableness.

You are easy to get along with, and you value harmony highly.

Helpful and generous, you are willing to compromise with almost anyone.

You give people the benefit of the doubt and don't mind giving someone a second chance.



Neuroticism:



You have low neuroticism.

You are very emotionally stable and mentally together.

Only the greatest setbacks upset you, and you bounce back quickly.

Overall, you are typically calm and relaxed - making others feel secure.



Openness to experience:



Your openness to new experiences is medium.

You are generally broad minded when it come to new things.

But if something crosses a moral line, there's no way you'll approve of it.

You are suspicious of anything too wacky, though you do still consider creativity a virtue.

The Five Factor Personality Test



hummm...pronto, está bem...
só discordo mesmo com a parte do trabalho!! eu sou preguiçosaaaaa... ;)



(almost) Bloody Happy!




You Are 72% Happy



You are a very happy person. Generally, you feel content and that all is right with the world.

Occasionally, you have a down day - but you have the ability to pick yourself right back up.

Heart of Mine...

We try to live responsible logical lives, but we can't tell our hearts what to feel. Sometimes our hearts lead us to places we never thought we wanted to go, and sometimes our hearts can be the sweetest glentlest things we have. Sometimes our hearts can make us feel miserable anger, excited and confused all at once. But at least my heart is open, and I'm writing again. I'm feeling. I'm breathing.



liz parker. roswell. season 2. episode 16



well, it just makes sense to me...



Tuesday, April 11, 2006

Tio

[the windmills of your mind. dusty springfield]


E às vezes (ainda) surges em conversas e eu (ainda) vou buscar a foto que (ainda) está na mesinha de cabeceira. O nó (ainda) cresce. E (ainda) o sinto a bater no peito. Uma dor contínua. Um aperto que me sufoca devagarinho. Necessidade de pôr a mão no peito. Uma dor baixinha, baixinha, que só eu a oiço. Quanto mais perto se está, mais custa ser afastado (directamente de uma conversa). Lembranças de ti. O que me custa olhar para a foto onde estão vocês todos. Juntos. Seis mais um. Agora já não. Cinco mais um. As lembranças...

Lembro-me (e ainda consigo sentir) da minha cara quente encostada à tua cara gelada da morte. Era o último dia. E aquele que mais custou. Lembro-me de ter ido até à Igreja e ver flores e mais flores. E ajoelhei-me ao pé da coroa dos sobrinhos e chorei. Baixinho, baixinho. As pessoas entravam e olhavam para mim. Algumas traziam ainda mais flores. E levanto-me, Igreja cheia. Com licenças até o ver. Ali deitado. É agora. Se não for, nunca me perdoarei. Ajoeilhei-me Cara na tua testa. Lágrimas escorriam. E olhavam para mim. Mas eu, pela primeira vez, não quis mesmo saber. É meu tio. Tenho o direito de lhe tocar a cara gelada e de o beijar e de me despedir dele. Não quis mesmo saber. Estavas tão frio. E desculpa se te molhei a cara com as minhas lágrimas. E chorei, baixinho, baixinho. E fechei os olhos e chorei. Baixinho. Levantei-me e a minha avó olhou para mim. Gostas de me ver assim? Pensei. Já viste que era assim que me ias deixar? Continuei eu a pensar. Saí.

A última despedida guardada para o último dia.


Ainda choro por ti.


[the windmills of your mind. dusty springfield]



Monday, April 10, 2006

Right Here

[right here. staind]


Porque toca. Palavras, palavras. Palavras. Ditas por ti. Ditas por mim. É mesmo? Não disseste porque causa daquilo, pois não? Palavras. E ainda fico especada a olhar para elas. E senti-las. A sentir como elas me fazem feliz. Sinto como elas chegam ao meu cérebro e transbordam em mim. Palavras. Simples. Com (a tua) simplicidade. Palavras. Poucas palavras que fazem tanto.

Palavras tuas. Palavras minhas. Às vezes aquelas palavras ecoam na minha cabeça, e é justamente nessas alturas que escolho não as dizer. Porque aí tenho medo que elas sejam verdadeiras, e não se quero que elas sejam verdadeiras. Às vezes é mesmo aquelas palavras que me parecem mais naturais. E é aí quando não as digo. Não. Escolho-as para quando sabemos que estou a brincar. Escolho-as para uma altura em que não haja possibilidade de elas serem verdadeiras. Quando elas me passam pela cabeça, sinto-as como sendo verdadeiras. Mas não corro o risco. Nem quero pensar nessas palavras quando isso acontece. Não. Não arrisco mesmo.

Palavras. Palavras. E pensa-se nelas. Às vezes. Muitas vezes só penso nelas depois de as ter soltado. Palavras. Palavras. O poder que elas têm. Matam-me. As tuas palavras. Porque tu (ainda) me matas. E tudo que vem de ti tem aquele sentir diferente. É muito mais que palavras possam explicar. Palavras. Palavras. Não valem de nada quando são só isso. As minhas não são. E as tuas?


[right here. staind]


but you always find a way to keep me right here waiting
you always find the words to say to keep me right here waiting
if you chose to walk away i'd still be right here waiting
searching for the things to say to keep you right here waiting




i found what i need in you



Thursday, April 06, 2006

Baby, it's you (*)

Just how can I not? Levantaste-te e foi a primeira coisa que me passou pela cabeça. How can I not? Olho e gosto de tudo o que vejo. Está lá. Ali. Tudo. Cada pormenor, Sorriso interno. És tu. És tu. Ali. Com o teu jeito. És tu. E gosto disso. Gostei daquilo. És tu. És assim porque és. E eu gosto daquilo que és. És tu. Sempre foste tu. Ali. Aqui. How can I not? Tu. Tu. O teu jeito. Gosto de ver a pessoa que és. Gosto daquilo que és. O teu jeito. Acho-te isto e aquilo. Gosto disto e daquilo. Ali. És tu.

Por algum motivo estranho. Está(s) lá. Ali. Meu menino. Sempre. Meu menino. Parvalhão. És tu. Tu sabes. Tu sabes. Tu sabes. Não minto quando digo aquilo. E tu sabes. Dizes sempre que sabes. Tu sabes. Tu sabes que és. Tu sabes o que és. Ali. Aqui.

Em mim. Não me canso de ti. Da pessoa que és. Ah, e odeio-te. Odeio-te quando és assim. E odeio-te quando fazes isto ou aquilo. E vejo os teus defeitos, as tuas falhas. E és real. E eu adoro-te. Muito.

Faltas-me tu. Ainda não foi hoje. Menino, menino. És tu, tu. O sítio, o sítio. Tu.


Just how can I not?


E porque é que tive de ser tão feliz? Ali, contigo? Ali, no sítio?




I still don't know how to quit you.




(*) Roswell, season 2, eps 19



Breakfast on Pluto

O sítio.


It was good while it lasted.

O sítio. O sítio.

Still gets me. Still.


[under the bridge. red hot chili peppers]



Dança na chuva. Queria mais. Ainda quero mais. Por onde andas tu? E porque fazes com que seja assim? Não. Tu não fazes nada. Sou eu. Mea culpa. Mas quando a imagem apareceu eu só consegui dizer the place. O sítio.

O sítio.

Misto de felicidade e saudade. Chegada a uma casa não minha. Ouvir I miss you. Só porque é verdade. E porque a cantei à chuva. Acompanhada parece menos ridículo. No sad eyes, bee. Não. Não é isso. Apenas... melancólica. Desejo no presente um passado. Apenas isso. Só agora.

E vamos saltar, cantar e dançar à chuva. Chuva. Afasta (aproxima) o mau (bom). Aproxima-me de mim. Liberta-me, pondo-me um novo peso leve. Leve, leve. Fácil de carregar. Liberta. E deixa sorrir. À chuva...



... ou, em Plutão.


[i could have lied. red hot chili peppers]



we weren´t kidding on the roses, nor the sweeties. we had both.




Tuesday, April 04, 2006

They call it happiness...

[bitter. remy zero]


Sente-se nos músculos. Já não sei andar. Desço as escadas aos pulos. Mãos no corrimão. Balanço. E salto. Não ando para a garagem. Salto. E meto-me com o cão. E sente-se nos músculos que não sossegam.

As pernas não ficam quietas, nem quando estou sentada. Elas têm música própria e dançam. Bato com o pé no chão. Agora os dois. Gosto da música. A cintura abana. Mesmo sentada. A cabeça. Não cabe dentro de mim. Sono e corpo cansado. Mas alegra-me o corpo. Anima-me a alma. E põe-me sorrisos na cara. E sente-se.

Acorda-se de manhã sem medos. Ou com pequenos medos sem os quais já não sei viver. Mas acorda-se e a recção não é temer. É sentir. É querer. Viver. Aceita-se porque sim. Aprende-se. Sofre-se. Cura. Vive-se com isso. Amo-te sempre e sempre serás querido. Mas. Chegou a altura de me levantar da cama sem lágrimas e sem vontade de as derramar.

As pernas não param. (querem andar, vento. pelo quintal. quantos anos? oh, casa verde.) Sorriso. (ainda) Espelhas. Oh casa verde, casa verde. Que já não saio de casa sem olhar bem para ti. Que já não vou à cozinha sem te espreitar. Vi o teu carro.

Sente-se a música no corpo. Definintavemente gosto desta música. Just one more day when it's already been too long. E mexe-se com a música. Só mesmo pelo sentimento.

Casa verde.

E tu. Tu. Tu. Tu. Que fazes ainda aqui? Sou eu que não te quero longe? Sou eu que gosto de te ter (tão) perto?. Tu, tu, tu... Não sais, não. E não sei porquê. Oh, deixa-te estar. Fazes-me bem. E não me fazes mal. Deixa-te estar. Por perto. Sempre por perto. Just in case.

Ah, e já disse que se salta? E que não se descem as escadas, mas que se pulam? Mas não disse que se faz o jantar a cantar. E que no autocarro, as pessoas olham para nós e só depois percebemos que elas nos olham por estarmos sozinhos e a sorrir. Ah, sim, minha senhora, estou feliz! Era isto que se devia dizer.

Quando estamos tristes, sabe-se logo. Vê-se. Mas quando estamos felizes, pensam que estamos malucos, ou que não joagamos com o baralho todo.

Haha. Antes passar por maluca do que passar por triste.


No more sad eyes, bee. Your moment is now. You just wake up and smile. Waiting for something else.


[bitter. remy zero]


marinocas marocas :)



Monday, April 03, 2006

Present in the Past

Dia de Sol. Outra vez. Leituras no quintal. Aproveitar o bom tempo. Há muito tempo que não ia para o quintal. Ler no quintal.

O barulho da mota. Deve ser o teu avô. Nunca mais andaste de mota. Espero. Oiço. Passas por mim. Caras espantadas. Sorriso enorme. Adeus. E passaste.

Vícios nossos que não fazíamos há imenso tempo. Fizemos hoje. Os dois.


E eu fui avisar o Diogo que já estou em casa. Passo pela tua casa. Carro à porta. Será que estás lá? Será que hoje saíste de mota? Não sei. Tenho vontade de entrar. O teu avô está no quintal. Não entro. Sigo para minha casa. Subo as minhas escadas e olho para a tua casa. Para a tua casa.


:) ...

Sunday, April 02, 2006

Varanda(s)

Dia de Sol. Da varanda à varanda. Carro parado à porta? Não vi. Varanda que lembra anos passados. Lembra dias de Sol. Olha lá está ele. E eu ia lá. Era assim. That easy.

Varanda. Minha. Lanches nas tardes de piscina. Brincadeiras. Jogos. (poucas) Conversas.

Varanda. Tua. (muitas) Conversas. Brincadeiras. Jogos.

Varanda. E era só perguntar. Era só ir.

Hoje, dia de Sol, fui até à varanda. Olhei para a tua. E andei pela minha. Às quatro sais do trabalho. Devias estar a dormir. Não vou lá. Deixo-te descansar.

E não páro de pensar em como estás diferente. Não páro de pensar que me fez mesmo muito bem ter ido ter contigo. Fico com pena de ter adiado tanto esse momento. Mas sabe muito bem ter-te de volta na minha vida.


And now we know...

Foi o acidente. Faltam exames, mas não foi nada antes do acidente. O assunto (ainda) custa e dói (sempre) um bocadinho de cada vez que alguém se lembra dele. Mas há coisas sem as quais já não sabemos viver. E temos que encontrar respostas para tudo. Até para isto. Para tudo há um porquê e nós já não sabemos seguir em frente sem nos questionarmos e sem sabermos as respostas.

Is that really the truth? A esta pergunta não dei uma resposta. Respondi, depois de muito pensar que não sabia.

Conversa à hora de almoço e todos param e ouvem, e eu baixo o som da televisão. Pára tudo. Isto é importante. Sem solução possível.

A vida pára (por minutos) para saber os motivos da morte.

E, todos os dias ela pára. Pára quando acordo e olho para a fotografia, pára quando entro no quarto e olho para a fotografia, pára quando limpo o quarto e limpo a fotografia, pára sempre. E vai sempre parar.

Porque seguimos em frente. Sim, seguimos. Mas temos que saber o que deixámos para trás. De certa maneira é essa certeza que nos ajuda a seguir em frente. O sabermos porque é que isto ou aquilo aconteceu. Não consigo viver com o peso de incertezas em mim.

Is that really the truth? Começa a pesar. O eu não saber que resposta dar a esta pergunta.

E niguém descansou enquanto não se soube os resultados. E agora que sabemos um, queremos saber os outros. Porque às vezes também é assim. Uma resposta não basta. Não é suficiente. Uma resposta levanta outras perguntas. Somo máquinas na arte de fazer perguntas. Para tudo encontramos perguntas. E para tudo queremos respostas.

E depois há aquelas perguntas que não têm resposta. E nós sabemos disso, mas mesmo assim, perguntamos. Repetidamente. São essas as perguntas que mais fazemos. Não são perguntas como, havia alguma coisa na estrada, ou, era excesso de velocidade. Não. São perguntas como, porquê. Só assim. Porquê? Já foi assim. PORQUÊ? Agora não. E sabemos desde o início, desde o momento em que pensamos nessas perguntas, que elas não têm resposta. Mas mesmo assim, fazemo-las. É tal a nossa sede.

Porquê?
Porquê?
e
Porquê?

Porque teve que ser.
Porque é assim a vida.
Porque estava na hora.

São estas as resposta que damos, ou que nos dão.

Merda para elas. Para as perguntas e respostas. Merda, merda.

Não resolvem nada. Não mudam nada. Apenas nos massacram. Não ajudam.

Is that really the truth? Sei lá! Esta não sei.

Next question, please.




Perfect Memories

it's you. it's always you.

Saturday, April 01, 2006

Bilhetes

[belong. remy zero]


Estranho... estava agora mesmo a fazer a cama e quando dobrei a colcha, o vento fez com os blihetes voassem da mesinha de cabeceira. Estranhei. Já estão lá há tanto tempo que já nem me lembrava que lá estavam. Mas ainda lá estão. Não os tirei. E nem faço intenções de os guardar.

Os outros estão guardados no sítio que lhes pertence. Às vezes vou lá vê-los. Mas estes ainda lá estão. Desde o dia que não saiem de lá. E deixo-os lá. Resta saber por quanto tempo.


[belong. remy zero]