[banda sonora. brokeback mountain]
Mais uma noite mal dormida. Porque acordo e penso em ti (?). Porque me vêm à cabeça as palavras que dissémos, aquelas que não dissémos e aquela que deveriam ter sido ditas. São os já famosos twisted thoughts. Acordo. Tu. Voltas na cama. Talvez eu tivesse dito isto. Não, assim foi melhor. Ele que se foda. Não. Assim também não. Assim também não porquê? Oh, sei lá! Deixa-me.
Voltas na cama. E adormeço. Mas tu voltas. Sempre assim não é? E acontece isto ou aquilo e eu já durmo mal. E odeio-te(me) por isto. Mas quem pensas tu que és para me afectares assim? E quem pensas tu que és para me teres feito o que fizeste? Não. Vai à merda. Lá porque ontem foi assim, não muda nada. Ouviste? Não te deixo. Não te admito. Não voltas a fazer aquilo. Ouviste? Não te dou outra oportunidade. Sim, porque tu agora não me contas nada. Disseste tu. Vai à merda! Like you care. Sim, porque logo a seguir disseste que não querias saber.
Óptimo! Dás-me razão. Dás-me (ainda) mais motivos e força para fazer o que queria. Custa-me. Porra. Contigo é sempre uma montanha-russa. E nem sempre no bom sentido. E já te disse isto uma vez. E ontem disse-te que abusas. E tu disseste que não te apercebias. Vai à merda. Não és nenhum miúdo.
Mas não consigo. E ontem ficou provado. Pior ainda. Nós não conseguimos. Ainda é comigo que vens ter para aquelas brincadeiras. E eu continuo a alinhar nelas. E tu explicas. E eu fico do teu lado. E digo que és estúpido e cruel. E tu ris-te. E eu também. Cruel é giro. De onde é que isto já vem? Mas digo-te isso. E muito mais. Tu ris-te e dizes don't push it. Eu rio. Tu sabes que eu digo se for preciso. Tu sabes que também não fico calada. Tu sabes. Porque me conheces.
E eu pergunto. Então? Porque não me disseste nada? Também no outro dia a Tati aplaudiu a minha preocupação, apesar de tudo. Foda-se. I still care.
E isto tudo dá-me raiva.
E ainda não consegui esquecer o que me disseste uma vez ao telefone. Eu estava a contar-te o que se andava a passar na minha cabeça. E tu disseste. Ninguém te conhece como eu. E tu sabes isso. Por muito que fales com quem quer que seja, ninguém te conhece como eu. Tu és como eu. E sabes isso. E eu sorri. E pensei. Sim, é verdade. Só tu para dizeres o que eu vou pensar ou dizer no dia seguinte e ser exactamente isso que me está a passar pela cabeça. Tu conheces-me.
E odeio isso. Os teus olhos não mentem. Disseste tu uma vez. Disseste tu naquela noite. E continuaste. Mas há alguma coisa que te dá para trás, mas que eu ainda não descobri o que é. E eu, mais uma vez, sorri. Expliquei-te. Tu entendeste. Senti-me nua. Para ti não tenho segredos. Nunca os tive. Não os consigo ter.
Sinto-me transparente. Porque nós dizemos quatro ou cinco palavras e sabemos se o outro está bem ou não. Ou pelo menos era assim. Tanta coisa mudou. Mas, nada mudou.
Da primeira vez que falámos perguntaste como estava o meu coração. Ironia. E demos os dois graças por estarmos sozinhos. Ironia. Isso faz-me rir. Tira as últimas semanas e sê o meu menino. Porque apesar disto, ainda não houve quem me fizesse dizer o que te disse a ti. E, mais uma vez, penso que o meu esforço é por respeito a esse tempo. Olha bem o que tu foste fazer. Quero-te perdoar. Mas. Dou para trás. Olha, não sei. Sei que isto era muito mais fácil quando era a sério. Quando consegui falar contigo, chegar a ti. E no fim, perguntavas. Estamos bem? E eu sorria, e dizia. Nunca estivémos mal.
Voltas na cama. E adormeço. Mas tu voltas. Sempre assim não é? E acontece isto ou aquilo e eu já durmo mal. E odeio-te(me) por isto. Mas quem pensas tu que és para me afectares assim? E quem pensas tu que és para me teres feito o que fizeste? Não. Vai à merda. Lá porque ontem foi assim, não muda nada. Ouviste? Não te deixo. Não te admito. Não voltas a fazer aquilo. Ouviste? Não te dou outra oportunidade. Sim, porque tu agora não me contas nada. Disseste tu. Vai à merda! Like you care. Sim, porque logo a seguir disseste que não querias saber.
Óptimo! Dás-me razão. Dás-me (ainda) mais motivos e força para fazer o que queria. Custa-me. Porra. Contigo é sempre uma montanha-russa. E nem sempre no bom sentido. E já te disse isto uma vez. E ontem disse-te que abusas. E tu disseste que não te apercebias. Vai à merda. Não és nenhum miúdo.
Mas não consigo. E ontem ficou provado. Pior ainda. Nós não conseguimos. Ainda é comigo que vens ter para aquelas brincadeiras. E eu continuo a alinhar nelas. E tu explicas. E eu fico do teu lado. E digo que és estúpido e cruel. E tu ris-te. E eu também. Cruel é giro. De onde é que isto já vem? Mas digo-te isso. E muito mais. Tu ris-te e dizes don't push it. Eu rio. Tu sabes que eu digo se for preciso. Tu sabes que também não fico calada. Tu sabes. Porque me conheces.
E eu pergunto. Então? Porque não me disseste nada? Também no outro dia a Tati aplaudiu a minha preocupação, apesar de tudo. Foda-se. I still care.
E isto tudo dá-me raiva.
E ainda não consegui esquecer o que me disseste uma vez ao telefone. Eu estava a contar-te o que se andava a passar na minha cabeça. E tu disseste. Ninguém te conhece como eu. E tu sabes isso. Por muito que fales com quem quer que seja, ninguém te conhece como eu. Tu és como eu. E sabes isso. E eu sorri. E pensei. Sim, é verdade. Só tu para dizeres o que eu vou pensar ou dizer no dia seguinte e ser exactamente isso que me está a passar pela cabeça. Tu conheces-me.
E odeio isso. Os teus olhos não mentem. Disseste tu uma vez. Disseste tu naquela noite. E continuaste. Mas há alguma coisa que te dá para trás, mas que eu ainda não descobri o que é. E eu, mais uma vez, sorri. Expliquei-te. Tu entendeste. Senti-me nua. Para ti não tenho segredos. Nunca os tive. Não os consigo ter.
Sinto-me transparente. Porque nós dizemos quatro ou cinco palavras e sabemos se o outro está bem ou não. Ou pelo menos era assim. Tanta coisa mudou. Mas, nada mudou.
Da primeira vez que falámos perguntaste como estava o meu coração. Ironia. E demos os dois graças por estarmos sozinhos. Ironia. Isso faz-me rir. Tira as últimas semanas e sê o meu menino. Porque apesar disto, ainda não houve quem me fizesse dizer o que te disse a ti. E, mais uma vez, penso que o meu esforço é por respeito a esse tempo. Olha bem o que tu foste fazer. Quero-te perdoar. Mas. Dou para trás. Olha, não sei. Sei que isto era muito mais fácil quando era a sério. Quando consegui falar contigo, chegar a ti. E no fim, perguntavas. Estamos bem? E eu sorria, e dizia. Nunca estivémos mal.
[banda sonora. brokeback mountain]
I wish I knew how to quit you
4 comments:
marina, cm ja te disse, o post esta lindo, soubeste epressar-te tão bem. espero que a "revolta" que ai vai dentro fique mais calma e que tu acimas de tudo fiques bem. as coisas boas n se esquecem apesar das menos boas. as boas têm sempre aquele significado p nos, independemente do que acontece. ficam sempre no nosso cantinho, e certas coisas nunca são superadas nem por outras nem por ninguem. certos acontecimentos pertencem a certos momentos e a certas pessoas, e é assim que os devemos recordar.se foi bom na altura foi bom e pronto, n temos que nos lembrar das coisas más para passar por cima.até as más têm o seu quê de bom.
bjinhos gandes
*looks around. sighs. rolls eyes. sighs some more. gets it. but not really. still, here for whatever's needed. always.*
(NB: n consigo ouvir essa frase sem me lembrar do ang lee nos óscares... blegh!)
Back to you - ...(suspiro)... n sei que te diga... percebo o que queres dizer, sei que custa passar por momentos desses, mas a vida é mesmo assim - uma montanha-russa... o que tens que pensar é que independentemente do que venha a ser, viveste algo que tinhas receio, valeu a pena esse tempo, bla bla bla, a citação diz tudo - carpe diem, even if it kills me
sempre aqui para mais conversas
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está mais do que provado. you have a gift with words. especialmente em transportar situações tão pessoais para um lugar comum a todos. e mesmo assim ficará sempre teu.
momentos maus ninguem gosta de os ter. mas a verdade é que ajudam-nos a estar no lugar onde estamos. fazem parte e doi como tudo mas nao os podemos extinguir. crescer (por dentro) necessita deles.
e há coisas/pessoas que mudam. outras que ficam na mesma. e às tantas já nem sabemos o que foi e o que ainda cá está. achamos que analisámos bem mas não é assim. people are strange, it's in their nature. é fodido quando acontece connosco e só queremos respostas respostas respostas. mas só nos deixam as dúvidas.
como foi dito, não desvalorizes os bons tempos que tiveste. ontem eram pedaços de um carpe diem que aproveitaste até às últimas consequências. e como tal devem valer alguma coisa :)
beijo grande*
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