ainda não fez um ano desde que a carta nos caiu no correio e na alma. só fazia um ano para a semana, mas temos de aproveitar enquanto estamos nas más graças do universo e esperar que continuem a cair coisas pesadas na alma. é da maneira que se vive mais (in)tensamente? acredito mais que seja da maneira que se sobrevive mais dificilmente, que isto de respirar por quatro pesa-nos a todos.
confesso que do que mais tenho medo é de um prazo. que entre conversa de uns e conversa de outros, se eu ouvir, nem que seja sorrateira ou subtilmente as palavras meses ou anos.
e eu digo-vos, se me derem um prazo para a vida do meu pai,